consolidação do trabalho híbrido

Consolidação do trabalho híbrido: pesquisa diz que 95% dos executivos querem seguir no modelo

Futuro do Trabalho

Pesquisa da Robert Half mostra que a consolidação do trabalho híbrido é uma exigência de colaboradores e empregadores.

Depois da pandemia do coronavírus, você acha que haverá a consolidação do trabalho híbrido? Em outras palavras, acha que muitas pessoas continuarão atuando no formato Anywhere Office, enquanto outras voltarão para os escritórios?

Qualquer que seja a sua resposta, saiba que essa é a perspectiva para o mundo corporativo. Pelo menos, isso é o que mostra uma pesquisa feita pela consultoria Robert Half. O estudo Demandas por Talentos no Cenário Atual indica que 95% dos executivos acreditam que o trabalho híbrido fará parte permanente do ambiente dos empregos.

Entre os motivos que justificam essa adoção estão a criação de mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional e a redução de custos com infraestrutura para as empresas. No entanto, ainda tem mais.

As perspectivas para 2021 deixam claro que o trabalho híbrido será consolidado. O anywhere office ganhará destaque nesse cenário e deverá trazer vários benefícios, inclusive. Como? É o que podemos observar a partir do relatório já citado da Robert Half, com foco na consolidação do trabalho de qualquer lugar.

A seguir, listamos as principais considerações para você entender qual é o contexto em que o ambiente corporativo está enquadrado. Acompanhe.

A consolidação do trabalho híbrido como a melhor forma de atuação

A principal característica do trabalho híbrido é permitir que o colaborador trabalhe parte do tempo a distância (no home office no coworking, por exemplo) e parcialmente no escritório tradicional. Essa é a preferência dos profissionais.

Conforme a pesquisa da Robert Half, o modelo de trabalho ideal combina a possibilidade de ficar em qualquer lugar. Mais especificamente:

  • 22% gostariam de manter o home office;
  • 8% preferem voltar para o escritório;
  • 70% optam por ter a chance de escolher entre os dois.

Além disso, quando perguntados sobre o total de dias que gostariam de trabalhar em casa, os dados foram:

  • 39% de 1 a 2 dias;
  • 29% por 3 dias;
  • 13% por 4 dias;
  • 19% a semana toda.

Esses dados demonstram que a consolidação do trabalho híbrido deve se efetivar por uma necessidade dos colaboradores. Desse modo, é possível dar mais flexibilidade ao profissional e melhorar sua qualidade de vida, ressalta o levantamento.

Em relação à visão dos gestores, 95% concordam que as equipes híbridas se tornarão mais comuns a partir de 2021. Em outras palavras, como diz o ditado em inglês, “that ship has sailed”.

consolidação do trabalho híbrido

A expansão da atuação remota

Apesar do trabalho híbrido implicar a possibilidade do profissional estar no escritório, a ideia do anywhere office deixou os colaboradores mais sujeitos a considerarem vagas fora de sua cidade. O motivo foi a expansão permitida pela atuação remota.

Essa questão ficou tão evidente no período da pandemia que 1 em cada 2 profissionais afirmaram que só aceitariam uma vaga sem possibilidade de trabalhar a distância se não tivessem outra opção. Ou seja, a prioridade é conseguir o trabalho híbrido.

O que os empregadores pensam disso? A Robert Half questionou se eles permitiram que os funcionários se mudassem durante o período de atuação remota. Novamente, o trabalho híbrido se consolidou. Isso porque 84% responderam que sim. Somente 16% disseram “não”.

Para facilitar a mudança de cidade, estado ou país, os empregadores ainda informaram que as principais medidas adotadas são:

  • Implementação da política do trabalho remoto;
  • Ajuste nas horas de trabalho;
  • Adaptação dos processos para gerenciar trabalhadores remotos;
  • Redesenho nas funções de trabalho;
  • Aumento dos salários.

As funções mais adequadas ao trabalho híbrido

Ao pensar sobre cada função exercida, percebe-se que umas estão mais adequadas do que outras ao trabalho híbrido. No ambiente corporativo, muitas delas podem ser adotadas nesse modelo mais flexível.

No entanto, a consultoria queria saber quais funções estavam mais adequadas a esse cenário. Aqui, houve diferença de resposta. Para CIOs e CTOs, o top 5 é composto por:

  • Engenharia em nuvem;
  • Rede e gestão de sistemas;
  • Análise de sistemas e segurança;
  • Business intelligence;
  • Suporte e gestão do help desk.

Para CFOs, as principais tarefas adaptadas ao novo modelo são:

  • Planejamento financeiro;
  • Análise financeira;
  • Gestão de contas;
  • Folha de pagamento;
  • Auditoria e relatórios.

Por fim, ainda houve o top 5 dos gerentes de contratação. Eles são:

  • E-commerce e marketing digital;
  • Administração;
  • Vendas;
  • Gestão empresarial;
  • Atendimento ao cliente.

Aqui, é importante destacar que os profissionais precisarão ter novas habilidades, também consideradas híbridas. Os empregadores esperam que elas sejam mais abrangentes e tenham foco em pessoas.

Por exemplo, as funções financeiras e contábeis exigem a capacidade de adaptação à mudança, trabalho em equipe, pensamento criativo e apoio aos clientes. Para marketing, há demanda por profissionais que entendam de estatística, análise de dados, programação e tecnologia da informação.

Os benefícios para o empregador que trabalha com equipes híbridas

A Robert Half questionou os empregadores sobre as vantagens percebidas nesse modelo. Os benefícios citados foram:

  • Aumento da flexibilidade e do equilíbrio entre vida pessoal e profissional;
  • Redução de custos do escritório e com imóveis (tanto próprios quanto alugados);
  • Continuidade e produtividade da empresa;
  • Possibilidade das atividades serem realizadas de maneira ágil;
  • Aceleração da transformação digital.

Aqui, é preciso destacar que essas oportunidades são possibilitadas pela tecnologia. A integração entre as equipes é facilitada por sistemas específicos. Elas permitem executar as tarefas de modo rápido, inclusive com a implantação do método ágil, quando necessário.

Por sua vez, a empresa é obrigada a adotar mudanças, que contribuem para a transformação digital.

Os desafios das equipes híbridas

Ainda que a consolidação do trabalho híbrido seja uma garantia, também há obstáculos a serem superados. Para os empregadores, os principais desafios são:

  • Controle da jornada de trabalho;
  • Atualização sobre ferramentas de colaboração e trabalho;
  • avaliação do bem-estar e saúde mental dos profissionais;
  • Contratação de candidatos com diferentes habilidades;
  • Teste das habilidades de gestão e liderança.

Perceba que existe uma preocupação com a produtividade, ainda que tenha sido constatada até a melhoria nesse quesito. Além disso, volta-se às habilidades dos profissionais. Isso é importante para formar um time de alta performance.

Afinal, quanto mais diversidade você tiver na sua empresa, maior é a chance de ter novas ideias e insights. Inclusive, fica mais fácil atender às demandas do público-alvo, já que elas podem ser internalizadas de modo mais aprofundado.

Com todas essas conclusões do estudo da Robert Half, fica claro que a consolidação do trabalho híbrido é algo certo, seja por demanda dos colaboradores, seja devido aos benefícios aos empregadores. E sua empresa, já está preparada para esse novo cenário?

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Texto escrito por Fabíola Thibes, jornalista e redatora web.

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