8 sinais de que você precisa deixar seu emprego e seguir um novo caminho

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Há mais de 300 anos antes de Cristo, Heráclito já dizia que a única constante é a mudança. Nas últimas décadas o que mais temos visto é a representação dessa frase, principalmente depois da explosão da internet. Tudo está mais acelerado e a cobrança por produtividade e performance acabam revelando sinais de que é hora de seguir um novo caminho.

Não se trata de fugir de responsabilidades ou “fazer corpo mole”. Muitas pessoas entram em uma espiral de acontecimentos e não percebem que o problema não está nelas, mas sim na situação como um todo. A melhor saída é mudar de ares, de empresa ou mesmo de profissão. Mas como saber que esse momento chegou?

É o que vamos contar neste artigo! Reunimos 8 dos principais sinais que mostram que algo não vai bem e que você precisa seguir um novo caminho para ser feliz. Confira!

1. Você não está feliz com o que faz

A felicidade é uma consequência de um cenário de coisas positivas. Uma pessoa não consegue ser feliz se, na maior parte do tempo, não está satisfeita com sua rotina e afazeres. Quando a tristeza se torna uma sensação recorrente e começa a piorar no domingo à noite, às vésperas de voltar ao trabalho, melhor observar. 

Você pode estar atuando em sua área de formação, em uma empresa conceituada do mercado, e mesmo assim não se sentir confortável mais. Muitos fatores podem dar origem a essa sensação, o importante é observá-la e não deixar que ela evolua. Se você sente que ela está crescendo, o melhor é tentar algo novo.

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2. Você não compartilha os valores da empresa

As evoluções que acontecem no mundo refletem diretamente nos comportamentos das pessoas. As gerações mais antigas se pautavam em valores que não são os mesmos das gerações mais novas. Em meio a tudo isso, cada um evolui em um ritmo próprio, transitando entre quem era no passado e quem pretende se tornar no futuro.

Quando você entrou na empresa na qual está hoje, provavelmente estava empolgado, motivado, cheio de vontade de dar o melhor de si. Com o tempo, a rotina vai mostrando quais são os verdadeiros valores da organização e você acaba descobrindo que não concorda com algumas coisas.

Outra situação é quando as suas percepções mudam. Valores que faziam sentido quando você entrou já não fazem mais. Conviver em um ambiente que promove atitudes com as quais não não concordamos é o que chama-se de falta de fit cultural. É um problema altamente prejudicial para a saúde mental. Gera frustração, tristeza e pode evoluir para um quadro de depressão.

3. Você se sente sempre estressado

O estresse é apontado por muitos especialistas como um dos principais males deste século. O aumento no volume de trabalho e na cobrança por resultados são os principais motivadores. Mas a insatisfação com a empresa ou o cargo que ocupa podem agravar, ainda mais, a situação.

De acordo com várias pesquisas que citamos neste outro artigo do blog, os profissionais que sofrem de estresse e ansiedade se tornam mais agressivos. Eles descontam suas frustrações na família e em amigos e apresentam problemas para dormir.

Se você perceber a presença desses sinais, considere a possibilidade de seguir um novo caminho. Lembre-se que nenhum emprego é capaz de pagar pelos prejuízos causados à sua saúde e paz de espírito.

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4. A empresa está seguindo por um caminho que não parece bom

Assim como as pessoas mudam, as empresas também podem mudar. A cultura organizacional é uma coisa viva. Ela está suscetível às determinações da alta gestão em concordância com os valores praticados pelos colaboradores no dia a dia. Quando a mudança parte da gestão, muitos profissionais podem passar a não concordar com alguns pontos. Assim, novamente, não há um fit cultural.

Cada um sabe no que acredita e precisa se respeitar em relação a isso. Se a empresa decidiu adotar uma postura que bate de frente com suas crenças, busque por uma oportunidade em outro lugar. Por mais que você pense que é difícil seguir um novo caminho, é muito pior persistir em algo que está claramente lhe fazendo mal.

5. A relação com seus colegas e gestores é desgastante

É muito bom quando chegamos para trabalhar e encontramos pessoas agradáveis. Um ambiente saudável e colaborativo também contribui muito para a satisfação. Bem como um líder que está atento às necessidades de sua equipe e trabalha junto com todos na busca por melhores resultados. Sabemos que nem sempre é assim. Mas se o oposto desse cenário está muito frequente, atenção!

Algumas situações são mais frequentes, como:

  • disputas mais agressivas entre colegas de setor;
  • falta de apoio dos gestores;
  • metas inalcançáveis a serem batidas;
  • falta de estímulo para o desenvolvimento pessoal e profissional;
  • assédio moral por parte dos superiores.

6. O trabalho está sugando suas energias

No final do expediente da quinta-feira você já se sente extremamente cansado, doido para que chegue logo o final de semana para se ver “livre” do trabalho? Ou pior, passa os dias de descanso sem vontade de fazer nada e o desânimo para ir ao trabalho surge ainda no domingo, ao final da tarde? Saiba que isso não é normal.

Apesar de muitas pessoas passarem por situações como essas, e isso ter sido absorvido como “normal” nos dias de hoje, na verdade é um sinal muito forte de que você precisa parar e cuidar de você. Mesmo que sinta que ainda dá para aguentar mais um pouco, não se force a isso. Você pode estar a beira de uma crise de ansiedade, o que será muito pior e mais traumático.

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7. Seus esforços não são recompensados

A expectativa é algo que você imagina em sua mente e espera que aconteça. Colocando em palavras mais diretas, as expectativas que você cria não existem! Com base nisso, o primeiro ponto que gera insatisfação por falta de reconhecimento é achar que tudo o que você construiu em sua imaginação será realizado — e que essa é uma coisa óbvia.

Então, alinhe suas expectativas com seus gestores e criem juntos um planejamento com metas entregáveis e recompensas bem definidas. Aproveite esse momento para dizer o que te motiva, quais são as atitudes que melhoram o seu engajamento e quais afetam de forma negativa.

Se, depois disso, ainda não houver uma postura de reconhecimento dos seus esforços, avalie o quanto isso é importante para você e se realmente vale a pena persistir nessa empresa. Pense que essa pode ser uma boa oportunidade para migrar a carreira.

8. Sua produtividade está prejudicada

A produtividade é a primeira coisa a sofrer as consequências de uma insatisfação no ambiente de trabalho. Você percebe que não consegue mais realizar suas tarefas com a mesma qualidade ou na mesma agilidade de sempre. O desânimo aumenta e qualquer coisa é motivo para se distrair e se perder.

Em função disso, você começa a se sentir incapaz e se frustra por não performar tão bem. As cobranças aumentam, o estresse aumenta, a insatisfação aumenta. Ingredientes perfeitos para causar muitos problemas de saúde física e mental.

Como você viu, a insatisfação no trabalho é capaz de desencadear uma série de outros problemas na vida pessoal e, principalmente, na saúde de um profissional. Por isso, se você identifica no seu dia a dia algum dos sinais que acabou de ler, está na hora de considerar uma troca de emprego ou, até mesmo, pensar em uma carreira freelancer.

Ao seguir um novo caminho como esse você será capaz de ter um maior nível de qualidade de vida e, ainda, buscar meio de aumentar a sua produtividade no trabalho.

emoções no trabalho

A forma mais produtiva de gerenciar suas emoções no trabalho

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Em meios às conversas sobre como tornar o ambiente de trabalho mais produtivo e ter uma carreira mais saudável, está o tema da educação emocional. Como lidar com seus sentimentos e emoções no trabalho?

Por muito tempo acreditou-se que “lidar com as emoções” era sinônimo de reprimi-las. Foi convencionado que é normal chegar em casa com estresse ou desânimo com o dia de trabalho. Ou então ter um relacionamento ruim com seu chefe e colegas de trabalho. E que ficar nesse estado negativo “faz parte da vida”.

Na verdade, é impossível criar um ambiente em que você tenha um comportamento e reações completamente separadas do seu estado emocional. Isso pode até gerar um desbalanceamento químico, que afeta de forma permanente a sua saúde mental.

Cuidar do seu estado emocional dentro e fora do escritório pode ser feito de uma forma responsável e produtiva para sua carreira e rotina. Conheça algumas das formas mais produtivas para lidar com suas emoções no trabalho:

Tenha consciência dos seus sentimentos e da sua origem

Não é normal você sentir constante estresse, frustração ou nervosismo. Quando esses sentimentos virem à tona, tente entender a origem deles: foi alguma situação com um colega de trabalho? Tem a ver com alguma decisão da empresa?

emoções no trabalho

Sem esse entendimento, essas emoções viram uma grande massa confusa. E que você pode carregar por meses (ou até anos) sem decifrar. Fazer o mesmo processo com emoções positivas também é importante para compreender quais são as melhores tarefas para você. Isso pode ajudar a entender qual o seu melhor papel em um projeto. Além de esclarecer seus pontos fortes ou até o rumo que você quer tomar na sua carreira.

Uma vez que você tem consciência das emoções que sente e começa o processo de entender de onde elas vêm, você consegue também entender os efeitos de certas tarefas e situações emocionais na sua rotina de trabalho. Se possível, faça ajustes no dia a dia com base nisso. Sabendo que uma manhã cheia de reuniões pode ser desgastante emocionalmente, evite marcar outras tarefas que têm o mesmo efeito no período da tarde.

Reconheça que ter emoções no trabalho é normal

Um ambiente de trabalho não é, nem deve ser, completamente racional e lógico. Muitas funções, na verdade, exigem mais educação emocional do que conhecimento lógico e números. E reconhecer que é normal você ter emoções nesse ambiente é o primeiro passo para quebrar o tabu de se falar em saúde mental.

Em qualquer ambiente com várias pessoas, emoções podem gerar conflitos. Em situações de conflito, ou que são um gatilho para emoções negativas no ambiente de trabalho, lembre-se de entender a situação como algo pontual e que aquelas emoções são uma reação, e não um estado constante.

Respire e cuide da saúde física

Quando sentir uma sobrecarga de emoções, tente exercícios de respiração: controle a respiração lentamente por dez segundos. Tais exercícios têm um fator psicológico, de serem associados com tranquilidade e paz. Mas eles também ajudam, literalmente, o seu corpo a relaxar diminuindo a frequência cardíaca e pressão arterial por alguns instantes.

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Exercícios regulares e uma vida saudável ajudam na liberação de endorfina e outros hormônios. Eles ajudam a ter equilíbrio emocional regular. A preocupação com a saúde física e seus efeitos a longo prazo é algo que muitos escritórios e espaços de coworkings têm levando em conta em suas estruturas. Alguns já contam com academias e espaços zen para meditação em suas instalações.

Saiba tudo sobre coworkings e como aproveitar ao máximo esses espaços em nosso ebook gratuito.

Reavalie as situações e suas reações

Assim como criamos hábitos no dia a dia, temos algumas reações automáticas à certas situações. Ao ter que trabalhar com alguém que você tem um relacionamento difícil, sua primeira reação pode ser de pensar que é “algo ruim acontecendo com você” ou “um azar”. Um jeito mais produtivo de lidar com isso é reavaliar a situação de outro ponto de vista. Como “somos as pessoas mais preparadas para lidar com isso” ou “a prioridade aqui é entregar um trabalho bem feito e resolver esse problema”.

Um exercício como esse pode ajudar na sua educação emocional, produtividade e habilidade de trabalho em equipe.

Tenha respostas claras e normalize a conversa sobre emoções

Quando se fala que ter emoções no trabalho é um problema, na verdade, fala-se sobre não saber lidar com a existência deles naquele ambiente. É necessário criar um ambiente em que expressar a existência dessas emoções seja bem recebido.

Quando alguma atitude ou decisão da equipe lhe trouxer desconforto, verbalize. Isso não é uma forma de desrespeito ou falta de profissionalismo. Siga as dicas anteriores e diga o que você sente. Fazendo isso de forma direta e respeitosa, estará priorizando o bem-estar geral do time. Pensando em prol da equipe e do projeto realizado.

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Ter uma conversa sobre emoções e saúde mental com seu gestor tem diversos objetivos. Mas o principal deles é que possam ser feitas mudanças nos processos, ambiente ou rotina da empresa. Assim, todo mundo sai ganhando.

Não tente ter total controle das emoções

Dito tudo isso, ainda podem acontecer momentos em que as emoções são fortes demais. E conflitos ou desentendimentos podem surgir. Caso isso aconteça, não quer dizer que você não sabe lidar com suas emoções e fracassou nas dicas acima.

Lidar com tudo isso não é um processo simples ou fácil. Exige prática e muita disposição própria e das pessoas ao seu redor. Logo, aceite que esses momentos podem acontecer. Peça desculpas se for necessário e pense sobre o que pode ser feito diferente no futuro.

Ter um acompanhamento com um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou terapeuta, é tão necessário quanto um acompanhamento de clínico geral. Mas essa pode não ser a sua realidade ou algo que se sinta confortável atualmente. Nesse caso, tenha uma válvula de escape ou uma rede de amigos e familiares com quem você pode compartilhar suas emoções e os resultados dessas novas práticas.

Os efeitos da falta de conversa e preocupação com a saúde mental dentro do ambiente de trabalho já estão presentes em nosso dia a dia. Leia mais sobre o tema clicando aqui.

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Bruna Miranda é criadora e estrategista de conteúdo, tradutora, podcaster, e está sempre atrás de um projeto novo. Trabalha como freelancer desde 2015 e já evitou várias reuniões que poderiam ter sido um e-mail.