5 benefícios de permitir o trabalho remoto na empresa

Trabalho remoto

Uma das principais mudanças nos próximos anos do mercado de trabalho é o trabalho remoto na empresa. Essa nova rotina de trabalho já está em ascensão entre vários profissionais autônomos, mas diversas grandes empresas têm adotado essa dinâmica para seus funcionários, como a Dell, Apple e Hilton.

É claro que um novo modelo como esse traz muitos medos para vários líderes de equipe. Mas para acabar com as suas dúvidas, listamos aqui cinco principais benefícios de permitir o trabalho remoto na empresa. Veja agora!

1. Menos distrações, mais produtividade

As distrações no ambiente de trabalho são regularmente citadas como um dos maiores problemas da produtividade no dia a dia. Uma pesquisa organizada pelo SurePayroll indicou que 61% dos entrevistados acreditam que colegas de trabalho barulhentos são a maior distração no dia a dia.

Entre conversas em voz alta e reuniões improvisadas de última hora — que os entrevistados apontam como outra grande distração —, fica claro que o modelo tradicional de um escritório não funciona para muitos. Um estudo realizado pela Canada Life mostrou que, numa escala de 0 a 10, o nível de produtividade de quem trabalha remoto é 7,7 enquanto o de funcionários em um ambiente tradicional é de 6,5.

Ter uma rotina de trabalho mais produtiva já é uma das tendências entre profissionais nos próximos anos de mercado, logo abrir o leque de opções para funcionários da sua empresa trabalharem de forma remota é um caminho natural para manter esse estímulo de busca por uma produtividade maior.

trabalho remoto na empresa

2. Menos estresse

Muitos fatores simples do dia a dia podem gerar altos níveis de estresse nos funcionários e líderes de equipe. O primeiro fator de estresse acontece, na verdade, antes mesmo de chegar ao trabalho com o tempo de deslocamento. Além da maioria dos funcionários ter uma longa jornada de deslocamento (acima de uma hora), as condições do meio de transporte e satisfação pessoal com o trabalho também são fatores a considerar.

Um funcionário que demora horas para chegar a um trabalho no qual ele encontrará mais estresse com tarefas e/ou colegas, terá mais problemas de saúde e insatisfação. Logo, terá uma probabilidade menor de ter um bom rendimento ou até de ficar naquela empresa.

Além disso, chefes, gerentes e outros líderes podem ser afetados por estresse de micromanaging. Isso acontece quando percebem que alguém não chegou no horário certo ou quando precisam checar se os funcionários estão procrastinando ou não. Sem falar nas interrupções por assuntos a resolver impromptu que, no trabalho remoto, não existiriam ou poderiam ser delegados.

Com a possibilidade de trabalho remoto na empresa, fica nas mãos do próprio funcionário criar ou encontrar um ambiente de trabalho que se adeque às suas necessidades. As empresas já usam os escritórios compartilhados para ainda terem um ambiente profissional estruturado, mas com muito mais flexibilidade.

3. Fidelização à empresa

A rotatividade de funcionários é algo custoso e que demanda muito tempo. Em média, demora-se cerca de 36 dias para substituir um funcionário.

O crescimento da quantidade de millennials e agora da geração Z no mercado de trabalho traz um perfil de colaborador que, quando satisfeito e com um bom relacionamento com o empregador, tem um alto nível de engajamento e fidelidade. Essas gerações buscam um novo modelo de trabalho com um relacionamento saudável entre os colegas e gestores, envolvendo confiança e transparência.

Entre ter um aumento de salário ou a possibilidade de trabalho remoto, cerca de 36% dos profissionais escolheram o trabalho remoto. Isso demonstra como essa adaptação no mercado é inevitável para empresas e será uma demanda cada vez maior entre profissionais. Por que não sair na frente?

4. Autonomia dos funcionários

Enquanto em um escritório tradicional tem o seu ritmo e ambientação definida pelo conjunto de todos que estão ali, com o trabalho remoto o funcionário precisa encontrar o seu próprio ritmo. Ele entende qual ambiente funciona melhor e como aproveitar melhor o seu tempo. Tudo isso vai demandar mais autoconhecimento e autonomia.

Mesmo com regras e direções sobre horários do trabalho remoto, essa modalidade de trabalho ainda é preferida por uma grande parcela de profissionais. Isso porque demonstra uma confiança entre o funcionário e a empresa. E a prioridade é ter um trabalho saudável e bem feito nos melhores termos possíveis para ambos, não somente de acordo com o que é convencionalmente feito.

trabalho remoto na empresa

5. Redução de custos

Por último e talvez o mais importante para muitas empresas, principalmente pequenos negócios, é que o trabalho remoto ajuda na redução de custos em vários âmbitos. Com o trabalho remoto na empresa você reduz os gastos de:

  • Rotatividade de funcionários: graças à fidelização que a opção de trabalho de remoto na empresa, diminui-se a rotatividade que gera despesas e muita burocracia;
  • Aluguel de um espaço que comporte toda a equipe: mesmo que os funcionários remotos não optem por trabalhar de casa, o uso de escritórios compartilhados é uma solução econômica e prática. E, com parte da equipe no trabalho remoto, você também diminui as necessidades de manutenção do espaço que está sendo menos utilizado;
  • Contas fixas relacionadas ao escritório: além de não ter que pagar um aluguel caro, você também não terá que se preocupar com diversos outros gastos fixos. Tais como conta de água, luz, internet, IPTU, manutenção e compra de móveis. Isso porque nos espaços de coworking quem lida com tudo isso é a gerência do local, você só tem uma conta e um contrato para assinar.

Empresas como a American Express, por exemplo, ao implantarem o trabalho remoto e reuniões online ou por telefone entre funcionários viram uma economia de cerca de 10 milhões de dólares em gastos anuais com imóveis. O Banco Inter, cliente do BeerOrCoffee, também testemunhou uma redução significativa de custos, como você pode ver no vídeo abaixo:

Conclusão

A verdade é que muitas funções e tarefas podem ser feitas à distância, ainda mais com o apoio de tecnologia, aplicativos e outros recursos digitais. E o trabalho remoto é uma forma de reconhecer que, tais funções, precisam ser exercidas de forma eficiente e não serem tratadas como outras que demandam presença.

É preciso também quebrar o preconceito de que trabalhar fora do escritório próprio significa trabalhar de pijamas em casa ou fazer algo com menos esforço. A maioria dos profissionais que trabalha remotamente opta por escritórios compartilhados, lugares que oferecem um conforto e ambientação profissional e trazem consigo a possibilidade de networking e novos negócios para sua empresa.

Saiba mais sobre esses espaços e por que eles são vistos como soluções para várias tendências do futuro do trabalho.

Bruna Miranda é criadora e estrategista de conteúdo, tradutora, podcaster, e está sempre atrás de um projeto novo. Trabalha como freelancer desde 2015 e já evitou várias reuniões que poderiam ter sido um e-mail. 

escritórios do futuro

Escritórios do futuro: como eles impactarão o trabalho e as empresas

Empresas

O modelo de trabalho tradicional está cada vez menos presente na rotina das empresas e profissionais. E essa mudança de hábitos e comportamentos também é refletida nos ambientes de trabalho. Por isso, diversas organizações já estão se preparando para os escritórios do futuro.

A evolução tecnológica, as mudanças culturais e o crescimento das cidades também contribuem bastante para que os espaços de trabalho evoluam de acordo com a sociedade.

Mas como serão os escritórios do futuro? É isso que um artigo da Associação de Pesquisa Executiva e Consultores de Liderança — Association of Executive Search and Leadership Consultants (AESC) — tentou responder. E agora vamos resumir os principais pontos apontados. Confira!

Repensando os espaços de escritório para a força de trabalho atual

Essa é uma tendência que já pode ser observada com clareza e que é reafirmada pelo artigo: hoje, o trabalho é flexível, colaborativo e cada vez mais criativo. “Considere tendências como trabalho remoto, videoconferência, computação em nuvem e outras tecnologias disruptivas que afetam os espaços físicos. As organizações estão se afastando dos ambientes tradicionais de escritórios e indo em direção a espaços que refletem como realmente trabalhamos e vivemos.”.

Contudo, essa mudança deve ser feita com cuidado e planejamento. Por isso, muitas empresas estão procurando especialistas no assunto para auxiliá-las nessa questão. O ideal, de acordo com Maja Paleka, fundadora e diretora da Juggle Strategies e especialista em práticas de trabalho flexíveis, é “criar um local projetado de propósito, onde as pessoas sejam muito cuidadosas e objetivas sobre como esse espaço vai nos servir, o que ele vai entregar e para o que foi projetado.”.

Ela diz, ainda, que “às vezes, as organizações se atrapalham é quando a motivação inicial é sobre corte de custos, consolidação de imóveis e coisas assim. Portanto, se você seguir essa perspectiva, nem sempre obterá o resultado certo.”.

É possível perceber, também, a importância da variedade de ambientes dentro de um mesmo escritório. E para isso os espaços de escritórios compartilhados são perfeitos, já que há salas de reunião, escritórios privativos, mesas compartilhadas, lounges, cozinhas compartilhadas e muito mais!

Ambientes em evolução

A flexibilidade é, de fato, o principal fator em comum nos escritórios do futuro. Mas isso não quer dizer que não haja uma grande variedade de opções (muito pelo contrário!). Os espaços de trabalho colaborativos podem surgir de diversas formas e estão mais ligados às funções performadas do que ao espaço físico em si. Veja como:

O escritório aberto

escritórios do futuro

O modelo de gestão vertical está sendo substituído por uma abordagem mais horizontal. Dessa forma, colaboradores e gestores de uma empresa podem conversar no mesmo nível sobre ações e processos. Um dos aspectos que contribui para que isso aconteça é a adoção dos escritórios em plano aberto (ou open space).

Em entrevista à AESC Rowland Hills, diretor de operações da Leathwaite, diz: “Acho que há muito a ser dito por ter uma abordagem muito menos hierárquica que você obtém de um escritório de plano aberto, onde os chefes se sentam com todos com quem trabalham, onde as equipes de projeto podem simplesmente se virar e ter conversas rápidas, onde é fácil entender algo que está acontecendo do outro lado do escritório e participar, se for relevante para você contribuir. E acho que tudo isso é bom no escritório aberto.”.

Bairros

Os espaços abertos evoluem para um conceito ainda maior. A alocação de diversos times em “bairros” de uma empresa. A Microsoft é uma das organizações que adotou este modelo, desde 2016. “Durante décadas, os prédios 16 e 17 consistiam em grande parte em escritórios particulares, mas com a reforma, as paredes literalmente caíram. Agora, todo mundo trabalha em um bairro. Essencialmente, é como o alojamento dos estudantes na fictícia Hogwarts — cada equipe trabalha em sua própria sala comum aberta, que eles foram convidados a personalizar ao seu gosto. Cada equipe também salas dedicadas ao tempo de foco e espaços de reuniões.”.

Trabalho baseado em atividades

Trabalho baseado em atividades é o conceito de funcionários escolhendo entre uma variedade de áreas de trabalho diferentes que melhor suportam o tipo de trabalho que estão realizando em um determinado dia.

Por exemplo, diz Courtney Cotrupe, que é presidente da Partners + Napier, uma agência criativa que concluiu recentemente a construção de um novo espaço: “Para todas as pessoas, na verdade, existem três lugares no prédio onde essa pessoa pode se sentar. E uma parte muito importante de como todo o espaço foi projetado levou aos espaços de reunião para onde nos reunimos como organização, como as pessoas se sentem em suas mesas e às comunidades que criamos em torno de nossos clientes, para que sempre pensemos em seus o negócio.”.

Coworkings e trabalho em equipe

Os ambientes de trabalho são um componente importante para a boa realização de um trabalho em equipe. Desde os escritórios em plano aberto até a disposição dos móveis e materiais, tudo influencia na interação do time. Além disso, em um local em que se sentem confortáveis, os profissionais são mais produtivos ao longo do dia.

“Estamos vendo muito mais, onde você costumava ter um escritório em que o saguão era apenas um salão aberto, ecológico e sem graça, mas agora é um espaço de envolvimento da comunidade. E essa é uma das maiores tendências que estamos vendo em termos de uso do espaço comum ”, diz
Carolyn Trickett, chefe de tecnologia de negócios, gestão de propriedades e ativos da empresa global de serviços imobiliários JLL.

Por isso, muitas empresas estão recorrendo aos escritórios compartilhados. O que nos leva a crer que os escritórios do futuro e os coworkings andam de mãos dadas.

Worká Coworking, São Paulo/SP

Mobilidade dentro e fora do espaço

Ter a flexibilidade de trabalhar de onde você quiser também pode significar mudar de mesa ao longo do dia. Talvez você comece a manhã sentado em uma mesa compartilhada no coworking. Depois, resolve passar para uma standing desk para esticar as pernas e se movimentar. Ou então pode ser que opte por sentar-se em uma mesa individual em certo momento de maior concentração. Os escritórios do futuro permitem essa movimentação, já que os profissionais podem não ter uma posição fixa se não quiserem.

O que a maioria dos cenários de plano aberto acima argumenta é um design flexível que oferece aos funcionários uma variedade de ambientes nos quais trabalhar, incluindo espaços tranquilos, e concede a eles a liberdade de escolher onde e quando trabalhar.

Tecnologia no trabalho

É importante ressaltar que os escritórios do futuro devem estar 100% alinhados com as evoluções tecnológicas. Mas não basta simplesmente pegar os processos que são executados atualmente e digitalizá-los. As ferramentas devem ser constantemente melhoradas, para que a produtividade e eficiência aumentem cada vez mais.

Por exemplo, James Dellow, diretor da Digital Workplace Company, aponta o erro nas “salas de teleconferência da velha escola que foram adaptadas para videoconferência”. Ele diz: “Vi alguns exemplos terríveis em que você tem uma sala muito longa e em uma videoconferência com um câmera única, esse é apenas um ambiente de trabalho muito ruim. Isso não permitirá que você se transforme, faça a grande mudança para a colaboração de pequenas equipes.”.

A tecnologia no escritório não está apenas nos dispositivos que os funcionários usam para analisar, comunicar ou criar. Está nas próprias paredes. “O surgimento da computação em nuvem significa que a TI está assumindo um papel maior em algumas dessas tecnologias incorporadas que você veria no escritório moderno, por exemplo, salas de reuniões com sistemas de teleconferência”, diz Dellow. “Mas agora há toda uma camada de tecnologia massiva nos próprios edifícios. Também há quase uma digitalização do espaço físico no trabalho.”.

Impactos e resultados

Essas áreas de trabalho intencionais, flexíveis e digitalizadas estão afetando a inovação, a colaboração, a cultura da empresa, o engajamento e a retenção de funcionários e até a sustentabilidade.

A inovação pode ser um dos benefícios do coworking. Segundo Brad Krauskopf, CEO e fundador da Hub Australia, “quando você tem essa diversidade de indústrias, negócios e faixas etárias, isso significa que há muitas oportunidades de inovação. É sabido que reunir pessoas diversas, maneiras de fazer negócios e idéias é essencial para a inovação.”.

Um dos principais fatores de inovação também é a colaboração, que é amplamente aprimorada pela tecnologia disponível no local de trabalho atualizado. Um benefício surpreendente do bom design de escritório é o envolvimento e a retenção de funcionários.

De acordo com o Gensler Research Institute Asia Workplace Survey 2016, “Os funcionários em locais de trabalho equilibrados veem seus gerentes sob uma luz mais positiva, são capazes de se comunicar de maneira mais aberta e honesta, melhor recebem feedback e relatam maior equilíbrio entre vida profissional e satisfação no trabalho. A qualidade dos relacionamentos também é um fator-chave na criação de uma cultura de criatividade e inovação no trabalho.”.

escritórios do futuro

O espaço de trabalho do futuro

Gerações diferentes têm expectativas diferentes que os locais de trabalho competitivos terão que atender. Por exemplo, Christhina Candido, PhD na Universidade de Sydney, diz: “De acordo com relatórios recentes, a força de trabalho milenar espera ter um melhor equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, alguns até trocando salários mais baixos em troca de mais dias de folga, para realmente aproveitar a vida um pouco mais. E, é claro, toda a ideia de que o melhor cão fica no escritório da esquina não se aplica mais — onde você se senta em um escritório não define mais sua estatura na organização.”.

Na experiência de Rowland Hills, diretor de operações da Leathwaite, “os jovens em particular esperam muito mais flexibilidade. Eles não querem estar em suas mesas o tempo todo, querem fazer coisas diferentes, querem trabalhar em casa e querem se deslocar – eles querem se levantar às vezes quando trabalham em vez de se sentar, e acho que ser capaz de apoiar as diferentes maneiras pelas quais as pessoas querem trabalhar é muito importante.”.

O espaço de trabalho do futuro é digital

A tecnologia já fornece ferramentas avançadas de comunicação que conectam os espaços de trabalho a clientes e colaboradores em todo o mundo. Qual é o próximo para os escritórios do futuro?

Para Krauskopf, “a realidade virtual finalmente tornará o trabalho remoto verdadeiramente uma norma, porque reduzirá bastante a sensação de isolamento que você ainda tem por ser um trabalhador remoto. Fique atento para ver o que acontece com a realidade virtual”, diz ele.

escritórios do futuro

Fazendo a transição

Qualquer que seja o design de escritório que uma organização escolha (ou crie), a transformação de um espaço de trabalho começa muito antes dos arquitetos e designers começarem seus desenhos. Trickett descreve: “Primeiro, uma fase de análise do que as pessoas estão fazendo, quanto tempo gastam e onde gostam de fazê-lo, ou qual seria o melhor tipo de espaço para se fazer esse trabalho.”.

Para Candido, “ele realmente precisa de um processo prático, onde as vozes são ouvidas, e as pessoas têm a oportunidade de influenciar e moldar esse espaço, na maneira como vêem os negócios no futuro. Há uma oportunidade perdida quando o design não é realmente centrado no usuário. Precisa ser um processo autêntico, e acho que é quando as pessoas entendem errado.”.

As organizações podem ignorar a chamada para repensar seus espaços? Provavelmente não. Krauskopf diz: “Eu acho que o que estamos vendo é uma mudança fundamental, onde, porque a tecnologia permite que as pessoas trabalhem em qualquer lugar, as pessoas terão que ter mais e mais ótimas razões para entrar no trabalho todos os dias”.

Agora que você já sabe como serão os escritórios do futuro, que tal saber mais sobre como será o futuro do trabalho? Listamos cinco tendências que você não pode deixar de conhecer!

Este foi o resumo de um artigo originalmente publicado em inglês pela revista global da AESC. Para ler o material original completo, clique aqui.