problemas no trabalho

Por que as pessoas escondem os problemas no trabalho

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Você acorda, toma um café e se prepara para ir trabalhar. Toma um banho, se veste e monta sua mochila com computador e outros itens de trabalho. Em outra mochila, roupas e tênis para ir à academia após o expediente. Pega seu carro, um táxi ou qualquer que seja seu meio de transporte escolhido. Você chega e não tem problemas no trabalho.

Tudo está bem, não é mesmo? Bom, nem sempre.

Por mais que muitas vezes tentemos esconder nossas fragilidades e problemas, não tem jeito, eles estão ali. O Brasil é, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o país mais deprimido e ansioso da América Latina. Mas, por algum motivo, quando olhamos à nossa volta, vemos pessoas aparentemente felizes. Sem nenhum problema de saúde física ou mental. Por quê?

Neste texto, mostramos os motivos que indicam por que as pessoas escondem seus problemas no trabalho. Acompanhe!

O que os olhos não veem, o coração não sente

Uma pesquisa realizada pela Harvard Business Review constatou que mais da metade dos funcionários entrevistados (62%) relatou que sua deficiência é invisível. Eles concordam com a afirmação: “a menos que eu diga a elas, as pessoas não sabem que eu tenho uma deficiência.”.

Ou seja, os colaboradores de uma empresa tendem a esconder seus problemas no trabalho — psicológicos e/ou neurológicos, desde depressão e ansiedade, até dislexia e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).

As principais razões continuam sendo a vergonha e medo de ser julgado ou sofrer provocações. Há também quem acredite que não pode demonstrar suas fraquezas, caso contrário será visto como um mau profissional. Alguém que seja preguiçoso ou menos capaz.

É possível que essa dificuldade em compartilhar tenha um lado mais grave: suicídio, depressão e ansiedade crescem cada dia mais. Manter segredos certamente não parece estar ajudando. Uma alternativa clara é ajudar uma nova geração de funcionários a criar espaços seguros e relacionamentos de confiança no local de trabalho.

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Compartilhar pode te fazer bem

De acordo com a pesquisa, funcionários que compartilham suas dificuldades e problemas têm uma chance mais de duas vezes maior de se sentirem felizes e realizados no trabalho do que aqueles que não compartilham (65% versus 27%). Além disso, eles também são menos propensos a se sentirem nervosos ou ansiosos (18% versus 40%) ou isolados (8% versus 37%). 

Conversar com as pessoas ao seu redor, além de trazer um certo alívio, pode te mostrar que você não está sozinho nessa situação. Muitas pessoas acreditam que são as únicas a terem problemas. Quando, na verdade, a grande maioria está passando por situações muito similares.

Uma ferramenta poderosa, também, é a ajuda profissional. Já existem empresas que oferecem apoio psicológico aos seus funcionários. Esse apoio pode acontecer internamente ou por meio do oferecimento de um plano de saúde que inclua saúde mental.

O sentimento de empatia e a sensação de pertencimento são grandes vantagens proporcionadas pelo ato de compartilhar sensações e experiências. Complementando isso, também é possível criar grupos de apoio e compartilhamento dentro das empresas. Isso facilita todo o processo e une ainda mais a equipe.

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Um grande aliado: flexibilização das formas de trabalho

O estresse gerado pela pressão do dia-a-dia não é a única razão pela qual estamos mais deprimidos e ansiosos. Mas ele tem, sim, um grande papel nessa história. Cumprir prazos, produzir cada vez mais, lidar com a pressão do mercado, entre outros fatores, pode ser cansativo e frustrante ao longo do tempo.

Contudo, já é possível comprovar que o ambiente de trabalho pode melhorar ou piorar essa situação. Empresas muito rígidas, com gestão engessada e relações frias dentro do escritório tendem a possuir colaboradores mais insatisfeitos e infelizes.

Enquanto isso, organizações com uma gestão mais flexível, focadas na colaboração entre seus funcionários, horários flexíveis e ambientes mais descontraídos possuem colaboradores mais felizes e, pasme, mais produtivos

Proporcionar flexibilidade no trabalho, como possibilitar que os funcionários possam executar suas atividades em um coworking, não significa deixar que se instaure uma irresponsabilidade. Muito pelo contrário. Significa confiar nos profissionais, sabendo que farão o seu melhor. Isso, desde que tenham condições de trabalho favoráveis e sintam que sua qualidade de vida aumentou.

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Ambientes colaborativos e interação social

Estar cercado de pessoas alto-astral e que oferecem seu apoio pode ser de grande ajuda. E isso não precisa acontecer somente em eventos sociais ou dentro da família. Os seus colegas de trabalho podem ser, também, seus amigos. 

Talvez eles nem mesmo sejam seus colegas, se você trabalhar em um escritório compartilhado. Pessoas e empresas de áreas completamente diferentes da sua podem compartilhar experiências e insights, além dos seus problemas no trabalho. Ter várias perspectivas sobre a vida e o trabalho pode te fazer ver a sua realidade com outros olhos. E também sentir-se apoiado.

Os ambientes de coworking, por exemplo, possuem uma atmosfera descontraída e promovem a interação entre as pessoas. Desde fazer networking até descobrir uma grande amizade em meio às xícaras de café (ou canecas de chopp ao fim do dia) é possível conhecer pessoas de todos os perfis imagináveis.

Essa interação é benéfica não só para o aumento das relações interpessoais. Ela também ajuda no aumento da criatividade e produtividade

Pessoas felizes, empresas felizes

Por meio da pesquisa realizada pela Harvard Business Review e nossas percepções no dia-a-dia, conseguimos enxergar que muitas pessoas passam por problemas mas tentam escondê-los. Os motivos são diversos, e passam pela própria insegurança de se mostrar frágil. 

Mas também pudemos perceber que há formas de tirar esse peso das costas. Por isso, se você está passando por alguma dificuldade, fica aqui o incentivo para que compartilhe seus medos e perrengues com amigos, família e colegas. Caso você esteja do outro lado, ofereça compaixão e empatia, um simples ombro amigo pode ser de grande ajuda para alguém.

Já se você é o gestor de uma empresa, ou faz parte do RH, coloque em prática uma cultura colaborativa, que incentive a interação entre os colaboradores. Invista também em formas de flexibilizar o trabalho e tornar o dia-a-dia mais leve e produtivo, buscando soluções que agreguem tanto para os funcionários quanto para a própria empresa — como o trabalho em coworkings.

Falando nisso, não deixe de conferir um post que fala sobre os oito principais serviços que um coworking oferece. Spoiler: eventos e confraternizações entre os coworkers estão entre eles.


Mariana Mendes é jornalista do BeerOrCoffee e apaixonada por marketing.


poder do propósito

O poder do propósito: como se posicionar ajuda sua marca a ter sucesso no mercado

Propósito

A Black Friday se tornou o dia de compra mais movimentado em mercados como no Brasil e nos EUA. No entanto, a REI, uma marca americana de roupas e equipamentos para atividades ao ar livre, fez algo muito diferente na data.

Pelo quarto ano seguido, a REI fechou suas portas na Black Friday e deu folga para seus funcionários aproveitarem o dia ao ar livre. A justificativa foi que “existem coisas mais importantes do que comprar / vender tendas — como sair e realmente usá-las”, se posicionou a marca, no Twitter .

Isso pode parecer algo totalmente contra-intuitivo ou até mesmo uma loucura. Imagine fechar a loja justamente no dia de mais vendas do ano? No entanto, a REI enxergou isso como uma ótima estratégia para o seu negócio.

Para o CEO Jerry Stritzke, o relacionamento com os clientes e as marcas estão mudando. Antes, você conquistava as pessoas com ofertas, mas hoje é preciso de “algo a mais”, comentou ele, em uma entrevista à Business Insider. Ao que tudo indica, a estratégia vem dando certo.

Nós nos mantivemos saudáveis ​​em parte porque nos atemos aos nossos valores centrais — como dar aos nossos funcionários tempo para fazer o que amam com as pessoas que amam durante as férias. Isso nos permitiu adicionar milhões de novos membros e, o mais importante, conectar milhões de pessoas ao ar livre”, disse Stritzke.

Segundo dados da Edelman, 64% dos clientes no mundo inteiro escolherão, mudarão, evitarão ou boicotarão um negócio por conta de questões políticas ou sociais. Mas tomar uma posição não é algo tão simples.

Para Mike Dupree, Gerente Sênior de Mídia e Entretenimento do Twitter, é preciso praticar antes de comunicar.

Praticar antes de comunicar

A campanha da REI de ficar de fora da Black Friday tem sido bem sucedida desde 2015 não apenas porque é uma estratégia de marketing — até mesmo o CEO da empresa aproveita a Black Friday para curtir o dia ao ar livre.

Para Dupree, a autenticidade é essencial para o sucesso da REI e de qualquer outra marca orientada pelo poder do propósito. Mas é preciso que a campanha esteja enraizada em todas as facetas da organização: do marketing ao atendimento, passando pelas comunicações e políticas.

É exatamente o que a REI fez. Como apreciar o ar livre faz parte da sua essência, ao longo dos anos a empresa incentiva funcionários, clientes e parceiros a aproveitarem isso.

Como encontrar um propósito para a sua marca

Em primeiro lugar, vale refletir se a sua marca está fazendo ou apenas dizendo. No caso do BeerOrCoffee, por exemplo, a marca propõe uma nova forma de trabalho, por meio da liberdade de escolha em relação aonde trabalhar. Na prática, a equipe é remota e está concentrada em 4 países (Brasil, Peru, Portugal e Hungria) e em 8 cidades (BH, SP, Brasília, Florianópolis, Lima, Budapeste, Lisboa e Lima).

Ou seja, é uma marca que é consistente com aquilo que prega. Mesmo que as pessoas estejam em uma determinada cidade ou país, elas podem trabalhar em casa ou em um coworking ou café. Como disse Dupree, “se você quer construir uma conexão duradoura com seus clientes, precisa ter consistência ao longo do tempo. Tanto no que você está fazendo quanto no que você está dizendo”.

Um outro indício que evidencia que a marca está trabalhando com o poder do propósito é o fato de uma campanha ou estratégia se mantar daqui a 5 ou mais anos. A própria REI, por mais que perdesse vendas no maior dia de compras do ano, sabia que o impacto no longo prazo seria positivo e construiria lealdade dos consumidores ao longo dos anos.

começar o próprio negócio

Não existe isso de ser pequeno para exercer o poder do propósito

A REI é uma grande marca, mas isso não quer dizer que uma empresa pequena não possa causar impacto no marketing orientado por propósito. Independentemente do tamanho da sua marca, ter um marketing com foco em um propósito é uma excelente maneira de se diferenciar e construir uma ótima relação com os consumidores.

“Nós vemos que 75 por cento dos consumidores esperam que as marcas contribuam para o seu bem-estar e qualidade de vida — se você não estiver fazendo isso, ficará para trás. E isso é aplicável a empresas de qualquer tamanho ”, comentou Dupree.

O que achou dessas ideias que evidenciam o poder do propósito? No caso do seu negócio, as ações estão alinhadas com um propósito claro ou é preciso avançar nessa área? Deixe um comentário logo abaixo, vamos adorar saber a sua opinião.