Gig Economy

4 previsões sobre freelancers e a Gig Economy em 2019

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Cada vez mais, as pessoas estão buscando trabalhos alternativos. Afinal, muita gente não se sente mais à vontade em um escritório convencional, batendo cartão, entrando às 8h e saindo às 18h.

As coisas mudaram e essas mudanças avançam em uma velocidade sem precedentes na história da humanidade. Ao meu ver, ainda bem que essas mudanças são para melhor.

Em primeiro lugar, trabalhadores remotos, autônomos e freelancers nunca tiveram tantas possibilidades de trabalho. Isso se deve ao boom das tecnologias e da internet.

Ao mesmo tempo, os coworkings estão de braços abertos para receber o profissional do século 21. Mais do que ambientes de trabalho, são locais em que um forte senso de comunidade prevalece.

Todas essas ideias estão relacionadas à Gig Economy, que trata de posições de trabalho temporárias, dando mais autonomia ao profissional, que pode escolher quando e onde prestar seus serviços.

Neste texto, vou mostrar 4 previsões sobre freelancers e a Gig Economy em 2019. Quer se destacar e deixar a concorrência para trás? Se sim, este texto foi escrito para você!

Gig Economy

Algumas coisas que acontecem nos Estados nos Unidos costumam ser replicadas aqui no Brasil um tempo depois.

Como este é um texto sobre previsão, já vou falar uma: segundo um relatório da Upwork, 59% das empresas dos EUA estão utilizando alguma forma de trabalho flexível.

Isso significa que essas companhias estão contando com os serviços de trabalhadores remotos e freelancers.

Essas práticas, além de trazerem economia de recursos, possibilitam que organizações tradicionais contem com times mais enxutos.

Em 2019, muita coisa mudará ainda mais. Então, trago a seguir 4 previsões sobre freelancers e a Gig Economy em 2019.

1. Transformação do conceito empreendedorismo

Mas como assim? O empreendedorismo começou a “pegar” há pouco no país e já vai mudar? É isso mesmo?

Classicamente, os empreendedores são aqueles indivíduos que criaram negócios, cresceram, empregaram pessoas e se integram a outros modelos de negócios padrão.

Assim, eles oferecem cada vez mais produtos e serviços, otimizam suas produção, contratam mais pessoas, faturam mais e assim por diante.

Agora, o empreendedorismo está assumindo um novo significado, que é completamente diferente dessa forma tradicional de fazer negócios.

Cada vez mais pessoas — sobretudo os millenials — estão se tornando empreendedores individuais. Não existe um nome para isso ainda, então poderia classificar como “solopreneurs”.

O que vale é que essas pessoas estão levando suas habilidades para o mercado e vendendo-as. É exatamente o que eu fazia e não sabia exatamente que fazia.

Isso é, de fato, muito louco (risos)!

Esses “solopreneurs” oferecem seus produtos e serviços para uma variedade de “compradores”, que muitas vezes são empresas estabelecidas no mercado.

2. Avanços da tecnologia

Dentro da Gig Economy, basicamente existem dois papéis desempenhados pela tecnologia e eles são proeminentes.

Um deles está relacionado às melhorias da comunicação. Freelancers podem falar com seus clientes de forma simples, rápida e eficiente.

Plataformas como Slack, Zoom, Lito e muitas outras estão aí para provar o que acabei de escrever.

Simplificar o processo de comunicação significa que os freelas não precisam ficar reféns de processos mais lentos, como o e-mail, para realizar atividades e tomar decisões mais ágeis.

Isso quer dizer que os profissionais trabalham mais rápido, os clientes respondem rapidamente também e isso permite uma implantação de produtos e serviços mais eficaz.

Outro papel da tecnologia na Gig Economy é que os freelancers que contam com habilidades de alta demanda poderão estabelecer seus preços.

Considere, por exemplo, as novas tecnologias relacionadas à ciência de dados. É uma necessidade crescente e as marcas estão loucas atrás de gente que sabe tomar decisão inteligente a partir da inesgotável quantidade de dados que as empresas coletam.

No entanto, contratar um cientista de dados é algo caro para as companhias. Pequenas e médias empresas, por exemplo, não teriam condições de contratar um profissional em tempo integral.

Mas elas podem contratar um freela para serviços ou projetos pontuais. Ou seja, ganham as organizações e ganham os freelancers.

3. Coworkings

Vamos combinar que essa previsão para a gente que sempre fala do tema não é nenhuma novidade, não é mesmo?

Trabalhadores da Gig Economy, em geral, não são introvertidos e tampouco estão isolados em suas casas, longe dos contatos sociais.

A maioria desses profissionais é extrovertida e está sempre atrás de possibilidades para negociar suas habilidades ou fortalecer suas redes de contato.

Dentro desse cenário, preciso lembrar que trabalhar sozinho em casa não é o melhor ambiente do ponto de vista emocional para muitos freelancers.

Eu mesmo já tive várias crises de depressão enquanto passava dias e dias trabalhando dentro de casa. Então, freelancers precisam de mais pessoas ao meu redor.

Aí é que chega a Gig Economy que traz toda uma indústria totalmente voltada para os coworkings. Mais do que espaços de trabalho, eles são ambientes de colaboração.

Como defini em outro texto recente, o coworking representa um movimento global, que oferece um espaço para trabalhar melhor, com foco, produtividade e profundidade, onde posso me conectar com pessoas diferenciadas e que contribuem para eu me desenvolver como pessoa e profissional.

Os trabalhadores da Gig Economy são independentes, mas também buscam colaboração e oportunidades sociais. Os coworkings são perfeitos para isso.

4. Leis que apoiam os trabalhadores da gig economy

Bem, nesse ponto, acredito que temos que melhorar um pouco. Apesar disso, existiram alguns avanços e a reforma trabalhista contemplou os freelancers.

No entanto, algumas coisas podem ser desagradáveis para um freelancer brasileiro, como no caso de um cliente não pagar por um serviço. Nesse caso, o profissional deve contratar um advogado para que o contrato seja cumprido. Ou, na pior das hipóteses, ele deve viver com a perda de renda.

Para ilustrar a situação, em 2017, entrou em vigor uma lei em Nova York intitulada Freelancing is not Free. A lei assegura que os freelas recebessem pelos serviços que realizam. Ela fornece recursos para trabalhadores temporários que não eram remunerados e punições para quem não cumpria o acordado.

Ficamos na torcida para que tenhamos mudanças como essas por aqui, né?

Conclusão

Essas são 4 previsões que provavelmente veremos na Gig Economy durante todo o ano de 2019. O fato é que vivemos em ambientes de trabalho que estão inseridos em um contexto de fortes mudanças. Quem entende essa realidade, certamente, sai na frente dos concorrentes.

E você, como tem lidado com todas essas mudanças? Se sente à vontade ou um pouco assustado? Comente aí! =)


Este é um texto escrito por Renato Ribeiro: nômade digital e especialista em conteúdo de diferenciação. Ele ajuda marcas e pessoas a terem visibilidade e autoridade online. 

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