O que o CEO da Microsoft, Satya Nadella, pensa sobre o mundo do trabalho no pós-pandemia

Futuro do Trabalho

Um dos principais executivos do mundo, o CEO da Microsoft, Satya Nadella, disse, em uma publicação do jornal The New York Times, que a Microsoft (ao contrário de praticamente todas as demais empresas) sentiu um impacto financeiro mínimo em meio à crise financeira desencadeada pela Covid-19.

A gigante da tecnologia contou com uma alta de 14% em suas ações e tudo indica que ela sairá da pandemia mais forte como nunca. Em uma conversa com os jornalistas do The Times, Natella apontou que o mundo deve passar por três fases no decorrer da pandemia: resposta, recuperação e reinvenção. 

Na primeira fase, o executivo destacou a necessidade de simplesmente responder aos impactos imediatos que causaram fechamentos de estabelecimentos, como os escritórios, o corte de custos em muitas frentes e particularidades das empresas e outros problemas afins. 

Em seguida, vem a recuperação, que não será concretizada de maneira linear, de acordo com Sadella. Segundo o CEO, existirão muitas “ondas”, com altos e baixos e, consequentemente, algumas fases de adaptação. 

Já na fase da reinvenção algumas inovações que serão essenciais nas duas fases anteriores se destacarão. Entre elas, bots de Inteligência Artificial que possibilitam diagnosticar pacientes e permitem um ensino a distância mais eficaz e o controle remoto de alguns processos industriais.

Conexão com as pessoas nos mundos presencial e físico

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Nadella apontou que a produtividade dos colaboradores da Microsoft aumentou na pandemia, mas não de maneira exagerada. As reuniões, por exemplo, começam e terminam em horários pré-determinados. No entanto, o executivo diz que sente falta de determinadas conexões que só os encontros físicos permitem.

“O que eu sinto falta em uma reunião física (é o fato de que você) está conversando com a pessoa ao seu lado e pode se conectar a ela pelos dois minutos anteriores e posteriores”, afirmou o executivo, que ainda completou que é difícil replicar esse tipo de situação de forma virtual — e o mesmo acontece com outras habilidades sociais que são vitais para orientar e gerenciar as equipes de funcionários. 

Ao que tudo indica, o mundo deve mesmo caminhar para um modelo de trabalho distribuído, em que as equipes poderão colocar o AnyWhere Office em prática. Por meio desse tipo de trabalho, as pessoas poderão escolher trabalhar de onde preferir: de casa, do coworking, do escritório, do café ou do qualquer outro lugar adequado para realizar as tarefas.

Com a importância do assunto em todo mundo, é importante destacar alguns avanços do Brasil nesse sentido. Empresas como a XP Inc, por exemplo, já anunciaram trabalho remoto para seus funcionários para sempre. 

O BeerOrCoffee, por sua vez, realizou dois webinares com contou com a presença de executivos de grandes marcas, como Twitter, Waze, Rappi, iFood, Banco Inter, Coca-Cola, entre outras. 
Para conferir as gravações das lives e ficar por dentro de assuntos como trabalho remoto, volta ao escritório e AnyWhere Office, basta acessar o nosso canal do YouTube e aproveitar os conteúdos de grande qualidade.

Forbes: previsões sobre como o coronavírus mudará o futuro do trabalho

Futuro do Trabalho

Tracy Brower, uma estudiosa sobre a natureza mutável do trabalho, dos trabalhadores e do local de trabalho, escreveu um artigo na revista Forbes que fala sobre como o coronavírus mudará o futuro do trabalho.

Ela afirma que, apesar das incertezas, o futuro do trabalho será brilhante e que a gente tem tudo para ficar animado com o que virá. Neste texto, mostramos as principais ideias apresentadas por Brower. Confira!

Como o coronavírus mudará o futuro do trabalho

Em uma das primeiras previsões, Brower destaca que os empregadores potencializarão o suporte que eles fornecem aos seus funcionários. Segundo ela, por causa da pandemia, muitas empresas foram obrigadas a considerar o bem-estar dos colaboradores de maneira mais integral — questões mentais e emocionais, por exemplo, passaram a ganhar mais atenção. 

No caso da saúde mental, por exemplo, há um cuidado muito maior em relação à sua importância e no que diz respeito às ações que as empresas podem oferecer para ajudar seus colaboradores. 

“As empresas estão aprendendo a importância do envolvimento e da motivação dos funcionários — não importa onde as pessoas estejam trabalhando — e esse conhecimento informará um maior nível de suporte aos funcionários”, destaca a executiva. 

Outro ponto ressaltado é que a liderança passará por processos de mudanças para melhor. Afinal de contas, dentro de uma crise, a liderança exerce um papel mais importante do que nunca. 

Nos momentos de incertezas, diz ela, os líderes que ganham evidência são aqueles que se comunicam com clareza, permanecem fortes e calmos, têm empatia, tomam as melhores decisões e pensam no longo prazo. 

“É provável que esses tempos difíceis filtrem os líderes menos estelares”, afirma Brower. Além disso, ela considera que nos momentos difíceis o verdadeiro caráter costuma ser revelado. 

Portanto, há uma tendência de que os líderes que não melhorarem serão eliminados. Mas também é provável que os líderes eficazes ficarão ainda melhores e estabelecerão novos padrões para as suas equipes

Melhor relacionamento com os colegas de trabalho

Mais uma previsão de Brower no que diz respeito ao futuro do trabalho em tempos de COVID-19 é que a relação com os colegas vai ganhar melhorias. A própria luta contra a disseminação do vírus é um exemplo de como os relacionamentos estão sendo fortalecidos. 

Todos estão vivendo tempos muito difíceis, sem precedentes na história da humanidade. Uma vez que as pessoas estão passando por isso juntas, a conexão entre os funcionários da empresa tende a aumentar. 

“O trabalho é fundamentalmente social — e hoje e no futuro os colegas de trabalho ocuparão um lugar ainda mais importante em nossa experiência de trabalho”, destaca a executiva. 

Em relação à diversidade, as notícias também são positivas — a tendência é que as companhias abracem as diferenças cada vez mais. A abordagem tradicional do universo corporativo será cada vez menos aceita pelas pessoas dotadas das mais diversas habilidades — social, física ou mental. 

As companhias terão mais clareza de que, quanto mais diversidade na empresa, mais as pessoas poderão contribuir. Isso significa que a gente verá como os colaboradores poderão externar suas melhores versões, executando as atividades em suas máximas potencialidades.

futuro do trabalho

Mais flexibilidade no trabalho 

O trabalho será cada vez mais flexível. Essa não é exatamente uma novidade para a gente do BeerOrCoffee, mas é sempre importante lembrar que há muitas pessoas falando e colocando essa realidade em prática.

Segundo Brower, muitas empresas estão resistentes em relação a deixar seus colaboradores fazerem trabalho remoto e home office. No entanto, a pandemia obrigou as organizações a liberarem seus funcionários para trabalhar a distância.

Com isso, as companhias intensificaram os seus aparatos tecnológicos, a fim de facilitar o trabalho remoto. “As equipes estão descobrindo como colaborar a distância e os líderes estão melhorando sua capacidade de gerenciar com base em resultados e objetivos, e não na presença”, lembra a executiva.

A partir dessa perspectiva, as organizações potencializarão a aceitabilidade do anywhere office — ou o trabalho de qualquer lugar — e oferecerão mais flexibilidade e opções para os colaboradores executarem suas atividades onde eles se sintam mais confortáveis, incluindo a parte de fora do escritório.

Novas e melhores oportunidades na carreira

Mais um ponto destacado por Brower é que haverão cada vez mais novas e melhores oportunidades na carreira. Quando a economia voltar a acelerar, as pessoas serão requisitadas para executar suas atividades com mais agilidade e excelência. As pessoas terão muitas oportunidades de serem suas próprias marcas e avançar aonde for preciso. 

Além disso, o espírito empreendedor dos profissionais também será mais aguçado, principalmente no momento que as empresas adotarem uma mentalidade de scaleup e/ou startup. Quando a pandemia diminuir, as organizações terão que ser muito ágeis para restabelecer sua missão e seu valor, reernegizando as operações e fazendo entregas de altíssimo nível de excelência. 

Assim, Brower continua no texto dizendo que, mesmo as companhias mais maduras, adotarão uma dinâmica muito mais ágil. Além disso, existirão grandes possibilidades de novos negócios surgirem no mercado. “Tudo isso precisará de raciocínio rápido, fluxo rápido de ideias e engenhosidade para descobrir e fazer as coisas acontecerem”. 

Com esse novo tipo de cultura, muitas oportunidades serão criadas para as pessoas conquistarem novos trabalhos e se desenvolverem na carreira de uma forma mais acelerada.

Muito otimismo de como o coronavírus mudará o futuro do trabalho

Nessa situação em que todos estamos vivendo a pandemia do novo coronavírus, pode ser difícil enxergar um futuro mais otimista, conforme Brower faz questões de pontuar. No entanto, o amanhã desabrochará conforme os trabalhos que vêm sendo realizados hoje. 

Independentemente do que empresa em que atua está fazendo pelo seu crescimento ou desenvolvimento da sua carreira, ou da forma como está se relacionando com seus colegas, os aprendizados dos dias atuais serão muito cruciais para aquilo que acontecerá nos próximos anos. A crise passará e, depois dela, surgirá um “novo normal”. 

Da mesma forma que Brower finaliza seu texto acreditando em um futuro do trabalho brilhante, a gente também aposta em um cenário mais inteligente, com mais flexibilidade e menos burocracias

O que você acha dessas questões? Deixe seu comentário abaixo, falando o seu entendimento sobre como o coronavírus mudará o futuro do trabalho.


Renato Ribeiro é Head de Marketing de Conteúdo no BeerOrCoffee