espaço kids no coworking

Espaço kids no coworking: como garantir hospitalidade e segurança

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O espaço kids no coworking precisa oferecer brinquedos e possibilidades de atividades. Também requer um cuidador e outras adaptações. Porém, é um fator de vantagem competitiva. Saiba mais!

Você já pensou se perde reservas no seu escritório compartilhado devido à falta de um espaço kids no coworking? Acredite ou não, isso pode acontecer.

Essa comodidade acaba sendo mais relevante para mulheres que não têm uma rede de apoio estruturada e acabam saindo do mercado de trabalho por vários motivos.

Um deles é o fato de serem demitidas assim que voltam da licença-maternidade. Ainda, existem mães que não querem colocar os filhos pequenos em tempo integral na creche ou na escolinha. Sem contar que a manutenção de uma rede de apoio tem custo alto.

Essa situação é tão gritante que uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que 48% das mulheres saem de seus empregos após a licença-maternidade. Além disso, 75% optam por começarem seus negócios próprios após a maternidade — um reflexo dos problemas no mercado de trabalho. Quando o foco é apenas a classe C, o índice chega a 83%.

Esses são alguns dos motivos que mostram a importância de ter um espaço kids no coworking. Ainda tem mais. É preciso saber organizar bem o ambiente e entender quais fatores fazem a diferença. Que tal conferir as ideias e saber por que esse pode ser o seu diferencial?

espaço kids no coworking

Por que é válido ter um espaço kids no coworking?

A relação entre maternidade e ambiente corporativo sempre foi desafiadora. Dados do IBGE demonstram que as mulheres ganham cerca de 80% menos do que os homens para desempenhar as mesmas funções. Nos Estados Unidos, 36% das mulheres enfrentaram uma interrupção na carreira depois de serem mães.

Sem contar que uma mulher sem filhos tem 80% mais chance de ser contratada e ganha cerca de 11 mil dólares por ano a mais do que as mães. O que tudo isso tem a ver com ter um espaço kids no coworking? Tudo!

Esse pode ser o seu diferencial. Uma chance de conquistar vantagem competitiva e mostrar que o seu escritório compartilhado é o melhor para as famílias. Esse benefício fica ainda mais visível quando vemos que, na Europa, apenas 25% desses ambientes aceitam crianças e somente 2% têm um local dedicado ao cuidado delas.

No entanto, essa realidade está mudando. Muitos coworkings já oferecem enfermarias e outras facilidades para acomodar as crianças. Países como Itália, Alemanha, Espanha e Inglaterra já entraram nessa onda. Afinal, esses são detalhes atenciosos que os clientes adoram.

Para os community managers, é bastante benéfico usar essa estratégia. A ideia é manter os mesmos elementos de um coworking tradicional, mas complementar o local com um espaço kids. Existem variações para definir como esse cuidado será ofertado. De toda forma, as principais vantagens são:

  • atração de mais clientes;
  • engajamento dos usuários;
  • aumento do número de reservas.

É claro que esses benefícios só podem ser alcançados quando você adapta bem o espaço kids do coworking. Por isso, a seguir, vamos explicar o que ele precisa ter.

O que precisa ter no espaço kids do coworking?

Para começar, você deve entender que o seu coworking precisará de algumas facilidades extras para garantir a hospitalidade e a segurança. Esses são os critérios que vão diferenciar o seu escritório compartilhado adaptado, em comparação com os tradicionais.

O que oferecer? Algumas dicas são:

  • Garantir alimentação saudável, como frutas, água e biscoitos para crianças;
  • Criar um design específico para crianças que também agrade aos pais, como paredes coloridas;
  • Oferecer eletrônicos para que as crianças se divirtam com várias atividades;
  • Ter uma internet veloz e estável;
  • Assegurar o conforto do local, com pufes, almofadas e cadeiras;
  • Contar com profissionais capacitadas para cuidar das crianças;
  • Ter um playground bem equipado;
  • Implementar um sistema de controle de acesso e um software para assistir às crianças.

O que precisa ter para adaptar o seu escritório compartilhado?

Durante esse processo de ajuste do seu coworking tradicional, é preciso lembrar que, definitivamente, trabalhar em casa não é nada produtivo. Por isso, os pais tendem a se interessar pelo espaço kids no escritório tradicional. Por isso, é fundamental investir em uma relação de confiança.

Os pais devem acreditar que seus filhos estarão em um bom lugar. Caso contrário, tendem a ficar preocupados e não trabalham da melhor forma. Isso fará com que não voltem ao seu coworking.

Para construir essa relação de confiança, vale a pena adaptar seu espaço conforme as dicas apresentadas e ainda ter disposição para dialogar. Ouça o que os pais esperam, veja qual é o feedback recebido pelos colaboradores e pense em constantes melhorias.

Além disso, crie uma rotina. Sim, as crianças precisam de horários mais rígidos. Por isso, a flexibilidade fornecida pelo coworking precisa ser ajustada nesse caso. Enquanto os usuários continuarão a usar o escritório compartilhado como quiserem, o espaço kids deve ter horários fixos para refeições, brincadeiras e atividades educacionais.

espaço kids no coworking

O que é necessário organizar?

Você também deve pensar em dividir a área para crianças pequenas e adolescentes. Os interesses são diferentes e devem ser respeitados. Para os menores, deixe espaços para guardar a mochila, a lancheira e mais. Ofereça papéis, lápis de cor, borrachas, marcadores, tesouras, massinhas e outros itens que ajudam nas brincadeiras.

Já os adolescentes querem apenas sentar e usar a internet. Por isso, ofereça um espaço com videogames, mesa de ping pong e outras atividades dinâmicas.

O que fazer com os bebês com menos de 1 ano? Existem duas opções: oferecer uma enfermaria com toda a infraestrutura necessária ou limitar o acesso. No primeiro caso, você precisará investir uma quantia significativa. Por isso, é importante listar os custos e ver se vale a pena. Isso evita problemas e a perda de confiança do seu cliente.

É preciso fazer algum investimento?

Sim, afinal, você terá que fazer as mudanças já citadas. De modo geral, você terá que oferecer uma estrutura completa para as crianças, além de ter as estações de trabalho, salas de reunião e áreas comuns. Algumas ideias para colocar na área interna e externa do espaço kids do coworking são:

  • Grama;
  • Mangueira;
  • Brinquedoteca;
  • Balanço;
  • Quartinho da soneca;
  • Banheiro infantil.

Além disso, vale a pena oferecer um espaço para as mães amamentarem ou extraírem o leite, se necessário. Essas atitudes demonstram responsabilidade e ajudam muito na oferta de hospitalidade e segurança.

De toda forma, vale a pena saber como lidar com comentários negativos. Como essa tendência ainda é uma novidade no Brasil, ajustes podem ser necessários e o feedback é sempre positivo.

Dicas para garantir hospitalidade e segurança

Além de atentar a todos esses aspectos já citados, você pode seguir mais dicas que ajudarão seu coworking a se destacar com o espaço kids. Veja quais são elas:

  • Verifique se você tem área física disponível e estrutura financeira para arcar com a reforma, a compra de brinquedos e mais. Considere, ainda, a necessidade de manutenção;
  • Confira a legislação sobre o atendimento a crianças. É preciso que o profissional de apoio seja capacitado;
  • Tenha sempre um plano B para entreter as crianças. É normal que elas fiquem entediadas com as brincadeiras que já conhecem. Além disso, ofereça sempre novidades;
  • Crie um plano de negócios detalhado. Considere possíveis concorrentes para oferecer o melhor custo-benefício aos seus clientes.

Tomando esses cuidados, você poderá atender desde um nômade digital até uma família completa, sempre garantindo que o seu cliente tenha a melhor infraestrutura possível. Com isso, o espaço kids no coworking se torna uma vantagem competitiva e você torna o seu escritório em um ambiente muito mais inclusivo.

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Texto escrito por Fabíola Thibes, jornalista e redatora web.

Pessoas com necessidades especiais no coworking

Pessoas com deficiência (PcDs) no coworking: entenda mais sobre acessibilidade no trabalho

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Um espaço acessível é fundamental para atender a pessoa com deficiência (PcD) no coworking. Saiba o que seu escritório compartilhado precisa para receber esse público com segurança e qualidade.

É essencial que as empresas contem com a PcD (pessoa com deficiência) no quadro de funcionários. Não apenas pelas exigências da lei, mas, principalmente, pela consciência da importância de trabalhar a inclusão.

Com isso, é preciso estar preparado para receber a pessoa com deficiência (PcD) no coworking.

No Brasil, há o Decreto Legislativo 186, de 2008, que fala sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. O texto foi aprovado na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e assinado no dia 30 de março de 2007, em Nova Iorque. 

De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2019, havia quase 25% da população com algum tipo de deficiência no país.

Por essa e outras questões, os espaços devem ser acessíveis, o que vai muito além de somente intitular-se como um local acessível. Como os escritórios compartilhados têm se tornado uma alternativa para muitas empresas, é importante que estejam prontos para receber pessoas com deficiência.

Pessoas com necessidades especiais no coworking

Perfil da pessoa com deficiência (PcD)

A pesquisa realizada pelo IBGE também relatou o perfil das pessoas com necessidades especiais no Brasil. Entre os brasileiros PcDs, o estudo constatou que:

  • 3,8% possuem deficiência nos membros inferiores;
  • 2,7% possuem deficiência nos membros superiores;
  • 3,4% são deficientes visuais;
  • 1,1% são deficientes auditivos e
  • 1,2% possuem deficiência intelectual.

Além disso, o levantamento apontou que, em sua maioria, as PcDs são mulheres, compondo 10,5 milhões, quase 10% do total da população brasileira. Quanto aos homens, 6,7 milhões possuem alguma deficiência.

Em relação ao nível de escolaridade, cerca de 68% não têm instrução ou não possuem o ensino fundamental completo.

Como receber e atender pessoas com deficiência no coworking

O profissional PcD está presente em diferentes profissões e precisa de um ambiente confortável e seguro para atuar.

Você sabe o que fazer para garantir uma recepção agradável e evitar transtornos para quem possui algum tipo de deficiência?

Confira abaixo dicas para receber e atender PcDs no coworking.

Acessibilidade estrutural

As mudanças devem começar na estrutura do coworking. O espaço precisa ser adaptado para receber a PcD. O correto é pensar nisso antes mesmo de iniciar as atividades, mas, caso planeje uma reforma, já imagine um local acessível para todos.

Para facilitar a entrada de cadeirantes, rampas logo na entrada, substituindo ou complementando as escadas, mesas com altura adaptável, corredores mais largos e a presença de corrimão vão facilitar bastante.

Quem tem dificuldade de mobilidade nem sempre será um cadeirante, mas é preciso atender a ambos.

No piso, revestimentos mais ásperos, que evitam quedas, e elevações que ajudam pessoas com deficiência visual a caminharem tranquilas. Estas são como uma orientação, indicação de qual caminho deve ser seguido e precisam ser tocadas com a bengala de apoio.

Além disso, é interessante contar com a existência de inscrições em braile nas mesas, entradas de salas e banheiros.

O local precisa ser seguro e não conter obstáculos que prejudiquem o frequentador do espaço colaborativo. Isso significa que os móveis não devem estar no caminho. Ou seja, devem estar mais afastados, ao mesmo tempo que precisam ser facilmente identificados pela pessoa cega.

Ter uma rota acessível também é indispensável e isso começa desde a entrada no coworking. É preciso que a pessoa com deficiência consiga seguir por um caminho sem impedimentos, sozinha, sem precisar pedir ajuda a todo momento.

Neste caminho, o melhor é não ter tapetes (pelo risco de quedas ou de ficarem presos na cadeira de rodas, por exemplo) e apostar no piso antiderrapante, para evitar acidentes.

Por último, não ignore o toalete. É possível apostar no banheiro para deficientes, exclusivo para essas pessoas, ou incluir a adaptação em todos.

A porta de entrada deve ser mais larga, para permitir a entrada de cadeirantes, e, nas paredes ao lado do vaso sanitário, devem estar as barras de segurança.

Acessibilidade no atendimento

O atendimento também precisa ser acessível e, para isso, o primeiro passo é treinar a equipe para lidar com a pessoa com deficiência (PcD) no coworking.

Preconceitos precisam ser eliminados, e, ao mesmo tempo, é necessário entender o que esses profissionais PcD podem precisar.

Tudo começa na divulgação do espaço colaborativo: o profissional responsável por esta parte precisa mostrar que o local é receptivo a PcD. Vale, inclusive, fazer postagens falando sobre a acessibilidade da estrutura.

Quanto ao atendimento presencial, o Community Manager pode ser treinado para recepcionar a pessoa com deficiência. Ele estará à disposição para resolver pequenas questões e ouvir feedbacks

Até porque, por mais preparado que o espaço esteja, a PcD poderá orientar no que é possível melhorar ainda mais, como sugerir recursos e ferramentas de trabalho acessíveis.

Outra questão importante no atendimento é ter alguém preparado para conversar com pessoas com deficiência auditiva e visual. Um profissional que oriente sobre os locais e, no primeiro caso, que entenda a linguagem de sinais. 

É válido ressaltar que nem todo deficiente auditivo se comunica apenas pela linguagem de sinais, muitos são oralizados e preferem fazer a leitura labial. Neste caso, o atendente do coworking deve falar pausadamente, com os lábios voltados para o cliente PcD.

Como você viu, uma forma de preparar o espaço é deixar o Community Manager treinado para a recepção da pessoa com deficiência. Clique aqui e saiba o que considerar ao contratar este profissional para prestar auxílio nas tarefas do coworking.


Texto escrito por Isabella Proença, Redatora freelancer e Bacharel em Administração.