Entenda as diferenças entre trabalhadores remotos e nômades digitais

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Você sabe quais são as diferenças entre trabalhadores remotos e nômades digitais? Como empreendedor, já deve ter ouvido alguma coisa sobre esses dois termos, muitas vezes utilizados como sinônimos. Contudo, existem detalhes importantes que os diferem e que podem ser determinantes para a contratação ou não de um profissional.

Neste artigo, vamos explicar cada um deles e, em seguida, apresentar as características que ajudam a entender as suas diferenças. Por fim, vamos falar sobre os impactos que podem gerar em uma empresa. E dizer como aproveitar dessas tendências do futuro do trabalho em seu negócio. Confira!

Trabalho remoto

O trabalho remoto é uma modalidade que permite que o profissional exerça suas atividades fora da empresa. Apesar de parecer algo muito novo, é uma prática que sempre existiu para alguns tipos de cargos. Como, por exemplo, os representantes de vendas e equipes de projetos que ficam alocadas nos clientes.

A grande questão é que, por causa das facilidades que a tecnologia proporciona atualmente, vários outros tipos de profissionais conseguem aderir ao trabalho à distância. Seja pelo uso de escritórios compartilhados ou fazendo home-office.

Nomadismo digital

O nomadismo digital é um tipo de atuação na qual o profissional aproveita as facilidades do trabalho remoto para viajar pelo mundo. É uma forma de conhecer novas culturas e viver experiências únicas sem precisar deixar de trabalhar. 

De tempos em tempos, é possível mudar para um novo local. Lá o profissional pode encontrar um coworking, e até mesmo se estabelecer por alguns meses. Quem determina o lugar de onde vai atuar é a própria pessoa, de acordo com seus gostos e preferências.

Diferenças entre trabalhadores remotos e nômades digitais

Todo nômade digital é um trabalhador remoto, mas nem todo trabalhador remoto é um nômade digital. Para entender melhor a diferença entre eles, vamos abordar alguns pontos que são determinantes. Acompanhe.

Fatores limitantes

A premissa de ambos os conceitos é a flexibilidade. Contudo, as diferenças entre trabalhadores remotos e nômades digitais começam quando pensamos em alguns fatores limitantes que acabam ocorrendo quando pensamos em trabalho remoto na empresa.

O primeiro deles é a localização. Os nômades precisam de liberdade para se deslocarem quando e para onde quiserem. Se o cargo dele demandar reuniões presenciais por algumas vezes ao mês, por exemplo, ele perde a flexibilidade necessária para migrar de país.

Além disso, existe a questão do horário de trabalho. A empresa pode exigir o cumprimento das atividades em um determinado período do dia, o que influencia os nômades em relação ao fuso horário. Tarefas que envolvam o atendimento ao cliente, reuniões mais frequentes, mesmo que à distância, acabam determinando uma limitação. 

Perfil comportamental

As diferenças entre trabalhadores remotos e nômades digitais, no que diz respeito ao comportamento, interferem bastante na produtividade percebida pela empresa. O nomadismo requer um espírito mais aventureiro e aceitação de riscos. Ao mesmo tempo, ele exige que a pessoa seja organizada e saiba lidar com imprevistos.

Equipes remotas não demandam todo esse controle por parte do profissional. Isso porque ele acaba contando com uma liderança mais próxima. Precisam ser responsáveis e ter um certo nível de autogestão, mas estão mais disponíveis para questões corriqueiras do cotidiano da empresa.

Áreas mais indicadas

Os trabalhadores remotos, de uma forma geral, podem atuar em quase todas as áreas da empresa. Todo cargo que não exija a presença física do profissional na empresa pode ser ocupado por alguém à distância. Isso inclui as atividades dos setores administrativos, de tecnologia, marketing e vendas, por exemplo.

Já em relação aos nômades, existe a particularidade da flexibilização maior que eles exigem. Dessa forma, eles são mais indicados para entregas mais pontuais, que não estejam atreladas às ações presenciais ou em horários determinados.

 trabalhadores remotos e nômades digitais

É bastante comum que os nômades digitais atuem com desenvolvimento de sistemas ou sites. Além de produção de conteúdo escrito ou imagético ou alguns tipos de consultorias.

Impactos desses dois modelos de trabalho nas empresas

Tanto os trabalhadores remotos quanto os nômades digitais geram impactos positivos para as empresas para as quais atuam. Veja os mais relevantes a seguir.

Ganho na maturidade do negócio

Os profissionais remotos têm um perfil mais independente e tendem a ser mais comprometidos com o propósito da empresa. O fato de terem que cuidar da própria rotina e controlar o andamento das tarefas, eles se tornam colaboradores mais maduros e responsáveis em suas entregas.

No caso dos nômades digitais, ainda há o ganho na qualidade e variedade das informações que chegam à empresa. Eles estão em contato direto com outras culturas e realidades, o que faz com que tenham também acesso a novidades que ainda não chegaram ao Brasil. E tudo isso é transmitido nos momentos de conversa e reuniões.

Fomento à criatividade

A criatividade é um recurso necessário para qualquer tipo de negócio. É ela que ajuda a manter a empresa competitiva no mercado, trazendo inovações e diferenciais que atraiam e encantem os clientes. Uma rotina monótona e o contato com as mesmas pessoas nos mesmos lugares, constantemente, reduz a capacidade da mente de criar coisas novas.

O trabalho remoto permite uma variação maior no cenário cotidiano dos colaboradores. Mesmo aqueles que não são nômades, podem ter contato com muitas pessoas diferentes quando estão alocados em um escritório compartilhado. Nas conversas de corredor, muitas ideias, parcerias e, até mesmo, clientes podem surgir.

Multiculturalidade

A cultura é algo muito particular de uma comunidade, mas também é algo muito rico para empresas e profissionais. O contato com valores distintos e práticas que não fazem parte do cotidiano ajuda a ampliar a compreensão sobre os outros, o que influencia na forma como analisamos cada situação.

trabalhadores remotos e nômades digitais

Uma mente mais ampla é capaz de entender melhor as reações, desejos e dores de clientes, por exemplo, o que proporciona o desenvolvimento de soluções mais adequadas, com maior aceitação no mercado. 

Enfim, as diferenças entre trabalhadores remotos e nômades digitais são poucas, mas são muito importantes para quem deseja contar com esses tipos de profissionais em seu quadro. O ponto-chave é compreender todas as vantagens que ambos têm a oferecer e como fazer para aproveitar o melhor de cada perfil em seu negócio.

Agora que você já consegue diferenciar essas novas modalidades de profissionais, que tal aprofundar um pouco mais nas novidades do mercado? Confira as 5 principais tendências do futuro do trabalho.

Natália Fernandes é analista de conteúdo e co-fundadora da Começando na Web.

Geração Z: se atente às suas necessidades para atrair e reter talentos

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A força de trabalho evolui junto com o mundo. Na medida em que novos acontecimentos surgem, as gerações vão se adaptando e respondendo à sua própria maneira. Para empreendedores e gestores, o grande desafio é lidar com características tão particulares de cada grupo, como as que você vai conhecer, neste artigo, sobre a Geração Z.

Esses profissionais estão entrando agora no mercado, mas já estão causando um grande alvoroço. Suas necessidades são diferentes das apresentadas pelos seus antecessores, os millennials ou os membros da Geração Y, e mais ainda das gerações mais antigas.

Então, nas próximas linhas, você está convidado para conhecer melhor quem são os profissionais da Geração Z, o que eles mais valorizam e o que a sua empresa deve fazer para atrair e reter esses talentos. Confira!

Quem são os profissionais da geração Z?

A Geração Z compreende as pessoas nascidas entre meados da década de 1990 (alguns especialistas dizem que a partir de 1996) até aproximadamente 2010. São jovens que já nasceram em um ambiente tecnológico e que cresceram em uma sociedade já conectada.

Eles não têm uma vivência analógica e o que sabem sobre essa época foi aprendido na escola ou com parentes mais velhos. São mais ágeis em relação às mudanças e evoluções do mercado e da tecnologia e cultivam valores muito fortes que levam para a vida profissional. O trabalho remoto, por exemplo, faz parte do que é natural e estimulante para eles.

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Quais são os aspectos que a Geração Z mais valoriza?

Para entender melhor quais são as características que definem a Geração Z é importante olhar para os aspectos que mais valorizados em sua vida profissional. Confira 5 pontos abaixo.

1. Boa remuneração e pacote de benefícios

Pessoas da Geração Z têm um certo apreço pela remuneração que é maior do que o apresentado pela Geração Y, por exemplo. Não que eles sejam gananciosos, mas eles prezam pelo reconhecimento de seu valor para a empresa. Por isso, salários muito abaixo da média do mercado não os motivam.

Em relação aos benefícios, o valor monetário também é avaliado com mais atenção. A preferência será por pacotes que incluam um bom plano de saúde, vale-refeição/alimentação, vale-cultura, entre outros, que podem ter seu valor financeiro percebido com mais facilidade.

3. Feedbacks constantes e concisos

Outra questão que também está relacionada à valorização profissional é que os profissionais da Geração Z precisam de feedbacks constantes. Eles querem saber se estão no caminho certo, se podem melhorar em algo e se o trabalho está sendo bem-visto por seus líderes e colegas.

Além disso, eles demandam mais encontros com seus superiores para conversas diretas. Seja pessoalmente ou por meio de videoconferência. O ponto é que eles precisam desse momento para serem ouvidos e orientados.

4. Cuidado com a saúde, principalmente mental

Os millennials, ou Geração Y, sofrem até hoje com a síndrome de burnout, que é provocada pelo excesso de trabalho. De olho nisso, a Geração Z tem um cuidado maior com sua saúde física e mental.

São profissionais que trabalham bastante e dão o melhor de si, mas que também reconhecem seus limites e os respeitam. Dessa forma, eles se mantêm mais produtivos e motivados e evitam problemas em sua saúde.

5. Diversidades e valores da organização

Até alguns anos atrás, era raro encontrar uma diversidade grande dentro das empresas. Hoje em dia, essa é uma das premissas de qualquer negócio que pretende se manter competitivo no mercado, graças ao reforço vindo da Geração Z.

Para eles, é inaceitável que as empresas discriminem as pessoas por gênero, classe social, identidade de gênero ou raça. É uma geração que preza muito o senso de comunidade. Todos fazem parte de um mesmo grupo e devem ser bem recebidos e aceitos. Eles precisam encontrar esses fatores entre os valores da organização.

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Como atrair e reter os talentos da Geração Z

Diante de todas essas características, a pergunta que surge é: afinal, como atrair e reter os talentos da Geração Z em minha empresa? A resposta, vamos mostrar nas dicas a seguir. Acompanhe!

Ofereça salários mais atrativos para as posições estratégicas para o negócio

Nem toda empresa é capaz de pagar salários altos para seus colaboradores. Contudo, esse é um ponto muito importante para a Geração Z. Assim, é preciso adotar uma estratégia que permita a atração de bons talentos sem onerar tanto a folha de pagamento.

Nesse caso, você pode elencar os cargos que são mais estratégicos para o negócio. Geralmente, são posições que demandam profissionais especialistas e estão diretamente relacionadas com o produto ou serviço da empresa. 

Para esses cargos, ofereça uma remuneração mais atrativa. Em paralelo a isso, monte equipes com profissionais em etapas mais iniciantes na carreira para serem desenvolvidos internamente.

Otimize processos e implemente etapas de avaliação intermediárias

A cultura de feedback deve ser fortalecida na organização. A comunicação precisa estar bem alinhada e fluir com tranquilidade e naturalidade entre todas as pessoas. Adicionalmente, é importante rever os processos internos e adequá-los às necessidades de validações intermediárias.

Não se trata de aumentar a burocracia, mas de incluir alguns pontos de checagem que ajudem a controlar melhor o andamento das tarefas. Isso ajuda a identificar possíveis desvios com antecedência e a aprimorar a entrega final.

Flexibilize a jornada e o ambiente de trabalho

Jornadas rígidas de trabalho não são nem um pouco atrativas para as pessoas da geração Z. Eles preferem a liberdade de estabelecerem a própria rotina e um espaço para ficarem a sós em alguns momentos que demandem certa concentração.

Os escritórios compartilhados são de grande ajuda nesse sentido. Eles contam com estações compartilhadas, cabines mais reservadas, além de um ambiente todo pensado para estimular a criatividade dos seus frequentadores.

Fomente a diversidade e fortaleça o senso de comunidade

Por fim, tenha programas de incentivo à diversidade. Adapte os processos seletivos e inclua profissionais de todas as raças, gêneros e orientações sexuais. 

Promova encontros para a discussão de assuntos pertinentes ao universo corporativo e às diversidades culturais. Além disso, aproxime essas pessoas no dia a dia da empresa. Ainda os membros da equipe na história da sua marca.

Novamente, um espaço de coworking pode ser um excelente parceiro. Isso porque ele une empresas de diferentes tipos em um único lugar. E os profissionais compartilham os espaços de trabalho, utilizando os escritórios privativos e demais ambientes. A cozinha de um escritório compartilhado, por exemplo, é um local de trocas muito ricas de informações, que podem gerar até novos negócios.

Depois de ler todas essas dicas, a sua empresa estará preparada, não apenas para receber e reter os profissionais da Geração Z, e também para lidar com o futuro do trabalho. Então, comece a implementar algumas mudanças agora e tenha os melhores talentos atuando no crescimento do seu negócio.

Se gostou das dicas, que tal mais uma? Saiba agora o que é um escritório compartilhado e como escolher o ideal para a sua empresa ou projeto.

Natália Fernandes é analista de conteúdo e co-fundadora da Começando na Web.