5 mitos sobre os nômades digitais que precisam ser falados

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Trabalhar de qualquer lugar do mundo demanda muita capacidade de autogestão, mas é perfeitamente possível, e isso não é uma lenda. No entanto, existem diversos mitos sobre os nômades digitais que precisam ser desmistificados.

O que poderia ser melhor que ter a opção de trabalhar em qualquer lugar do mundo? Hoje, com a internet e todos os avanços que ela trouxe em relação à conectividade, isso não só se tornou possível como também é uma dasprincipais tendências do futuro do trabalho.

De fato, existem inúmerasvantagens nessa modalidade de trabalho, no entanto, no entanto, os mitos sobre os nômades digitais crescem na mesma proporção que o número de adeptos a esse modo de trabalhar, que é praticamente um estilo de vida.

Se tornar um nômade digital não é tão simples quanto parece e a vida não se torna tão glamourosa quanto muitos imaginam erroneamente. É preciso ter capacidade de autogestão, principalmente financeira, saber como manter a motivação e muito, mas muito mesmo, preparo. Agora, você quer saber quais são os maiores mitos sobre os nômades digitais? Então, continue lendo!

1. Vivem viajando

A principal proposta de ser nômade digital é a de poder trabalhar de qualquer lugar do mundo, até mesmo, da própria casa. O que não significa necessariamente que o profissional passe seus dias na estrada de um lugar para o outro, mas sim, que ele pode fazer isso quando quiser, já que ganhou o benefício da mobilidade.

O que o nômade digital precisa para trabalhar, normalmente, é de um dispositivo móvel ― como um smartphone, tablet ou notebook ― conectado a internet. Dependendo da atividade que ele exerce, é possível trabalhar, até mesmo, de computadores públicos, como em uma lan house. Nesse caso é comum que utilizem algum serviço de nuvem.

Apesar da possibilidade de viver viajando ser bem atrativa, essa não é o principal benefício da mobilidade, mas sim, a possibilidade de otimização de tempo. Por exemplo, imagina se você puder fazer o seu trabalho mesmo na sala de espera lotada do consultório do seu dentista? Ou ainda, que naquele dia com a agenda mais apertada, você possa trabalhar de casa e “economizar” o tempo que gastaria em locomoção?

2. Trabalham na beira do mar ou da piscina

Mais uma vez, o nômade digital, definitivamente, pode trabalhar na beira do mar ou da piscina se ele quiser, porém, ele optar por isso nem sempre é uma regra. Existem diversas que fazem com ele evite essa escolha, por exemplo, a manutenção do foco no trabalho, ou mesmo, a segurança do seu equipamento.

Imagine a criançada pulando na piscina e a água espirrando bem em cima do seu super notebook novinho? Ou então, aquele arrastão digno de noticiário rolando na areia da praia e você lá distraído com o seu trabalho, sem se dar conta de que está prestes a perdê-lo?

No entanto, é claro que existe vantagem nessa opção, como a possibilidade de resolver aquele problemaço do seu cliente mesmo quando você está de férias. Embora não seja uma boa prática do ponto de vista da suasaúde mental, eventualmente, é bom para ganhar uns pontinhos mais profissionalmente.

mitos sobre os nômades digitais

3. Ganham rios de dinheiro

Os mitos que envolvem os nômades digitais e sua relação com o dinheiro vão aos extremos: ou se acredita que ganham muito bem, ou que são desempregados em busca de ganhar qualquer trocado por uma questão de sobrevivência. Nem uma, nem outra teoria estão corretas.

Na prática, muitos dos nômades digitais têm contratos estáveis com empresas que garantem sua renda recorrente, alguns até, tem registro em carteira com todos os benefícios da CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) e recebem independente de produtividade.

Claro que existem os autônomos ou freelancers, e embora a receita deles esteja diretamente ligada a sua produção, a principal característica deles é, justamente, a capacidade de autogestão, o que inclui uma boa gestão financeira, fazendo com pareça que eles sempre têm dinheiro para tudo. Ledo engano, o que eles têm, na verdade, é muito planejamento.

4. São nômades digitais até conseguirem “coisa melhor”

Um dos mitos mais absurdos sobre os nômades digitais é que eles “vivem de bicos” e só estão nessa modalidade de trabalho por falta de opção e, portanto, temporariamente, pois quando conseguirem um “emprego melhor” sairão “dessa vida.

O que acontece é geralmente o contrário, eles escolhem ser nômades digitais exatamente por que têm muitas oportunidades de trabalho e não precisam ficar presos somente a uma delas. Isso acontece, exatamente, por que são muito bons no que fazem e primam pela qualidade de suas entregas.

Nesse contexto, a situação é exatamente oposta ao que muitos imaginam:são profissionais disputados, que para muitas empresas é inviável pagar para tê-los com exclusividade.

mitos sobre os nômades digitais

5. Levam uma vida “Forever alone”

Esse é um mito que pode se tornar realidade se o nômade digital não se policiar. Por terem a opção de trabalhar de casa, ou do hotel quando estão em viagem, ou de qualquer outro lugar com uma conexão com a internet e, na maioria das vezes, precisarem de foco para trabalhar, é comum que esses profissionais se isolem durante o período em que estão trabalhando.

Porém, existem alguns truques para evitar que isso aconteça. É o caso dosespaços de coworking, por exemplo, que oferecem toda a infraestrutura da qual precisam em um ambiente colaborativo, onde encontram a possibilidade de expandir seu networking e evitar a vida solitária temida por muita gente.

Uma excelente opção para quem deseja se tornar um nômade digital é contar com uma empresa que ofereça alternativas de locais diferenciados, com toda a infraestrutura necessária para trabalhar, inclusive umambiente que estimule a criatividade. É o caso da BeerOrCoffee, maior plataforma de coworking do país com mais de 1000 escritórios espalhados por todo o território nacional, em especial, em São Paulo, BH e Curitiba.

Como você viu, existem muitos mitos sobre os nômades digitais e, seja qual for a área de atuação deles, são profissionais como quaisquer outros, porém, com capacidade de autogestão, o que é fundamental para que se consiga sobreviver nessa modalidade de trabalho.Pensando em experimentar a vida de nômade digital? Então, faça o seu teste gratuito na BeerOrCoffee, sozinho ou com a sua equipe.

Silvia Seco é publicitária, especializada em gestão de marketing digital e produção de conteúdo. Uma verdadeira apaixonada por criação, design, inovação, tecnologia e histórias bem contadas.

Geração Z: se atente às suas necessidades para atrair e reter talentos

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A força de trabalho evolui junto com o mundo. Na medida em que novos acontecimentos surgem, as gerações vão se adaptando e respondendo à sua própria maneira. Para empreendedores e gestores, o grande desafio é lidar com características tão particulares de cada grupo, como as que você vai conhecer, neste artigo, sobre a Geração Z.

Esses profissionais estão entrando agora no mercado, mas já estão causando um grande alvoroço. Suas necessidades são diferentes das apresentadas pelos seus antecessores, os millennials ou os membros da Geração Y, e mais ainda das gerações mais antigas.

Então, nas próximas linhas, você está convidado para conhecer melhor quem são os profissionais da Geração Z, o que eles mais valorizam e o que a sua empresa deve fazer para atrair e reter esses talentos. Confira!

Quem são os profissionais da geração Z?

A Geração Z compreende as pessoas nascidas entre meados da década de 1990 (alguns especialistas dizem que a partir de 1996) até aproximadamente 2010. São jovens que já nasceram em um ambiente tecnológico e que cresceram em uma sociedade já conectada.

Eles não têm uma vivência analógica e o que sabem sobre essa época foi aprendido na escola ou com parentes mais velhos. São mais ágeis em relação às mudanças e evoluções do mercado e da tecnologia e cultivam valores muito fortes que levam para a vida profissional. O trabalho remoto, por exemplo, faz parte do que é natural e estimulante para eles.

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Quais são os aspectos que a Geração Z mais valoriza?

Para entender melhor quais são as características que definem a Geração Z é importante olhar para os aspectos que mais valorizados em sua vida profissional. Confira 5 pontos abaixo.

1. Boa remuneração e pacote de benefícios

Pessoas da Geração Z têm um certo apreço pela remuneração que é maior do que o apresentado pela Geração Y, por exemplo. Não que eles sejam gananciosos, mas eles prezam pelo reconhecimento de seu valor para a empresa. Por isso, salários muito abaixo da média do mercado não os motivam.

Em relação aos benefícios, o valor monetário também é avaliado com mais atenção. A preferência será por pacotes que incluam um bom plano de saúde, vale-refeição/alimentação, vale-cultura, entre outros, que podem ter seu valor financeiro percebido com mais facilidade.

3. Feedbacks constantes e concisos

Outra questão que também está relacionada à valorização profissional é que os profissionais da Geração Z precisam de feedbacks constantes. Eles querem saber se estão no caminho certo, se podem melhorar em algo e se o trabalho está sendo bem-visto por seus líderes e colegas.

Além disso, eles demandam mais encontros com seus superiores para conversas diretas. Seja pessoalmente ou por meio de videoconferência. O ponto é que eles precisam desse momento para serem ouvidos e orientados.

4. Cuidado com a saúde, principalmente mental

Os millennials, ou Geração Y, sofrem até hoje com a síndrome de burnout, que é provocada pelo excesso de trabalho. De olho nisso, a Geração Z tem um cuidado maior com sua saúde física e mental.

São profissionais que trabalham bastante e dão o melhor de si, mas que também reconhecem seus limites e os respeitam. Dessa forma, eles se mantêm mais produtivos e motivados e evitam problemas em sua saúde.

5. Diversidades e valores da organização

Até alguns anos atrás, era raro encontrar uma diversidade grande dentro das empresas. Hoje em dia, essa é uma das premissas de qualquer negócio que pretende se manter competitivo no mercado, graças ao reforço vindo da Geração Z.

Para eles, é inaceitável que as empresas discriminem as pessoas por gênero, classe social, identidade de gênero ou raça. É uma geração que preza muito o senso de comunidade. Todos fazem parte de um mesmo grupo e devem ser bem recebidos e aceitos. Eles precisam encontrar esses fatores entre os valores da organização.

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Como atrair e reter os talentos da Geração Z

Diante de todas essas características, a pergunta que surge é: afinal, como atrair e reter os talentos da Geração Z em minha empresa? A resposta, vamos mostrar nas dicas a seguir. Acompanhe!

Ofereça salários mais atrativos para as posições estratégicas para o negócio

Nem toda empresa é capaz de pagar salários altos para seus colaboradores. Contudo, esse é um ponto muito importante para a Geração Z. Assim, é preciso adotar uma estratégia que permita a atração de bons talentos sem onerar tanto a folha de pagamento.

Nesse caso, você pode elencar os cargos que são mais estratégicos para o negócio. Geralmente, são posições que demandam profissionais especialistas e estão diretamente relacionadas com o produto ou serviço da empresa. 

Para esses cargos, ofereça uma remuneração mais atrativa. Em paralelo a isso, monte equipes com profissionais em etapas mais iniciantes na carreira para serem desenvolvidos internamente.

Otimize processos e implemente etapas de avaliação intermediárias

A cultura de feedback deve ser fortalecida na organização. A comunicação precisa estar bem alinhada e fluir com tranquilidade e naturalidade entre todas as pessoas. Adicionalmente, é importante rever os processos internos e adequá-los às necessidades de validações intermediárias.

Não se trata de aumentar a burocracia, mas de incluir alguns pontos de checagem que ajudem a controlar melhor o andamento das tarefas. Isso ajuda a identificar possíveis desvios com antecedência e a aprimorar a entrega final.

Flexibilize a jornada e o ambiente de trabalho

Jornadas rígidas de trabalho não são nem um pouco atrativas para as pessoas da geração Z. Eles preferem a liberdade de estabelecerem a própria rotina e um espaço para ficarem a sós em alguns momentos que demandem certa concentração.

Os escritórios compartilhados são de grande ajuda nesse sentido. Eles contam com estações compartilhadas, cabines mais reservadas, além de um ambiente todo pensado para estimular a criatividade dos seus frequentadores.

Fomente a diversidade e fortaleça o senso de comunidade

Por fim, tenha programas de incentivo à diversidade. Adapte os processos seletivos e inclua profissionais de todas as raças, gêneros e orientações sexuais. 

Promova encontros para a discussão de assuntos pertinentes ao universo corporativo e às diversidades culturais. Além disso, aproxime essas pessoas no dia a dia da empresa. Ainda os membros da equipe na história da sua marca.

Novamente, um espaço de coworking pode ser um excelente parceiro. Isso porque ele une empresas de diferentes tipos em um único lugar. E os profissionais compartilham os espaços de trabalho, utilizando os escritórios privativos e demais ambientes. A cozinha de um escritório compartilhado, por exemplo, é um local de trocas muito ricas de informações, que podem gerar até novos negócios.

Depois de ler todas essas dicas, a sua empresa estará preparada, não apenas para receber e reter os profissionais da Geração Z, e também para lidar com o futuro do trabalho. Então, comece a implementar algumas mudanças agora e tenha os melhores talentos atuando no crescimento do seu negócio.

Se gostou das dicas, que tal mais uma? Saiba agora o que é um escritório compartilhado e como escolher o ideal para a sua empresa ou projeto.

Natália Fernandes é analista de conteúdo e co-fundadora da Começando na Web.