Pessoas com necessidades especiais no coworking

Pessoas com deficiência (PcDs) no coworking: entenda mais sobre acessibilidade no trabalho

coworkingFuturo do TrabalhoPropósito

Um espaço acessível é fundamental para atender a pessoa com deficiência (PcD) no coworking. Saiba o que seu escritório compartilhado precisa para receber esse público com segurança e qualidade.

É essencial que as empresas contem com a PcD (pessoa com deficiência) no quadro de funcionários. Não apenas pelas exigências da lei, mas, principalmente, pela consciência da importância de trabalhar a inclusão.

Com isso, é preciso estar preparado para receber a pessoa com deficiência (PcD) no coworking.

No Brasil, há o Decreto Legislativo 186, de 2008, que fala sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. O texto foi aprovado na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e assinado no dia 30 de março de 2007, em Nova Iorque. 

De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em 2019, havia quase 25% da população com algum tipo de deficiência no país.

Por essa e outras questões, os espaços devem ser acessíveis, o que vai muito além de somente intitular-se como um local acessível. Como os escritórios compartilhados têm se tornado uma alternativa para muitas empresas, é importante que estejam prontos para receber pessoas com deficiência.

Pessoas com necessidades especiais no coworking

Perfil da pessoa com deficiência (PcD)

A pesquisa realizada pelo IBGE também relatou o perfil das pessoas com necessidades especiais no Brasil. Entre os brasileiros PcDs, o estudo constatou que:

  • 3,8% possuem deficiência nos membros inferiores;
  • 2,7% possuem deficiência nos membros superiores;
  • 3,4% são deficientes visuais;
  • 1,1% são deficientes auditivos e
  • 1,2% possuem deficiência intelectual.

Além disso, o levantamento apontou que, em sua maioria, as PcDs são mulheres, compondo 10,5 milhões, quase 10% do total da população brasileira. Quanto aos homens, 6,7 milhões possuem alguma deficiência.

Em relação ao nível de escolaridade, cerca de 68% não têm instrução ou não possuem o ensino fundamental completo.

Como receber e atender pessoas com deficiência no coworking

O profissional PcD está presente em diferentes profissões e precisa de um ambiente confortável e seguro para atuar.

Você sabe o que fazer para garantir uma recepção agradável e evitar transtornos para quem possui algum tipo de deficiência?

Confira abaixo dicas para receber e atender PcDs no coworking.

Acessibilidade estrutural

As mudanças devem começar na estrutura do coworking. O espaço precisa ser adaptado para receber a PcD. O correto é pensar nisso antes mesmo de iniciar as atividades, mas, caso planeje uma reforma, já imagine um local acessível para todos.

Para facilitar a entrada de cadeirantes, rampas logo na entrada, substituindo ou complementando as escadas, mesas com altura adaptável, corredores mais largos e a presença de corrimão vão facilitar bastante.

Quem tem dificuldade de mobilidade nem sempre será um cadeirante, mas é preciso atender a ambos.

No piso, revestimentos mais ásperos, que evitam quedas, e elevações que ajudam pessoas com deficiência visual a caminharem tranquilas. Estas são como uma orientação, indicação de qual caminho deve ser seguido e precisam ser tocadas com a bengala de apoio.

Além disso, é interessante contar com a existência de inscrições em braile nas mesas, entradas de salas e banheiros.

O local precisa ser seguro e não conter obstáculos que prejudiquem o frequentador do espaço colaborativo. Isso significa que os móveis não devem estar no caminho. Ou seja, devem estar mais afastados, ao mesmo tempo que precisam ser facilmente identificados pela pessoa cega.

Ter uma rota acessível também é indispensável e isso começa desde a entrada no coworking. É preciso que a pessoa com deficiência consiga seguir por um caminho sem impedimentos, sozinha, sem precisar pedir ajuda a todo momento.

Neste caminho, o melhor é não ter tapetes (pelo risco de quedas ou de ficarem presos na cadeira de rodas, por exemplo) e apostar no piso antiderrapante, para evitar acidentes.

Por último, não ignore o toalete. É possível apostar no banheiro para deficientes, exclusivo para essas pessoas, ou incluir a adaptação em todos.

A porta de entrada deve ser mais larga, para permitir a entrada de cadeirantes, e, nas paredes ao lado do vaso sanitário, devem estar as barras de segurança.

Acessibilidade no atendimento

O atendimento também precisa ser acessível e, para isso, o primeiro passo é treinar a equipe para lidar com a pessoa com deficiência (PcD) no coworking.

Preconceitos precisam ser eliminados, e, ao mesmo tempo, é necessário entender o que esses profissionais PcD podem precisar.

Tudo começa na divulgação do espaço colaborativo: o profissional responsável por esta parte precisa mostrar que o local é receptivo a PcD. Vale, inclusive, fazer postagens falando sobre a acessibilidade da estrutura.

Quanto ao atendimento presencial, o Community Manager pode ser treinado para recepcionar a pessoa com deficiência. Ele estará à disposição para resolver pequenas questões e ouvir feedbacks

Até porque, por mais preparado que o espaço esteja, a PcD poderá orientar no que é possível melhorar ainda mais, como sugerir recursos e ferramentas de trabalho acessíveis.

Outra questão importante no atendimento é ter alguém preparado para conversar com pessoas com deficiência auditiva e visual. Um profissional que oriente sobre os locais e, no primeiro caso, que entenda a linguagem de sinais. 

É válido ressaltar que nem todo deficiente auditivo se comunica apenas pela linguagem de sinais, muitos são oralizados e preferem fazer a leitura labial. Neste caso, o atendente do coworking deve falar pausadamente, com os lábios voltados para o cliente PcD.

Como você viu, uma forma de preparar o espaço é deixar o Community Manager treinado para a recepção da pessoa com deficiência. Clique aqui e saiba o que considerar ao contratar este profissional para prestar auxílio nas tarefas do coworking.


Texto escrito por Isabella Proença, Redatora freelancer e Bacharel em Administração.

equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Como a pandemia afetou o equilíbrio entre vida pessoal e profissional

CarreiraPropósito

A necessidade de isolamento social por conta da pandemia do novo coronavírus pegou todo mundo de surpresa. Rapidamente, funcionários e empresa tiveram que se adaptar ao trabalho remoto para que as atividades não parassem. Meses depois, como será que o home office afetou o equilíbrio entre vida pessoal e profissional dos trabalhadores?

Trabalhar de casa foi muito romantizado no início como algo que só traz benefícios — não ter que enfrentar o deslocamento até a sede e fazer horários mais flexíveis, por exemplo. Mas com o passar do tempo, percebeu-se que não é bem assim que acontece.

Neste post, trazemos alguns pontos importantes sobre o assunto e que quem trabalha em home office deve estar por dentro. Além disso, damos algumas dicas de como equilibrar a vida pessoal e profissional neste momento. Para conferir, basta continuar a leitura. Vamos lá?

O que a ciência diz sobre o equilíbrio entre vida pessoal e profissional?

Se antes já era difícil equilibrar vida pessoal e profissional para os mais workaholics, trabalhando em home office isso fica ainda mais complicado. Mesmo os que conseguiam não levar trabalho para casa, agora sofrem com o problema.

Uma matéria publicada pelo site The Conversation aponta que as pessoas, quando em casa, trabalham em média 2 horas a mais por dia do que no escritório. Antes da pandemia, as empresas que tinham resistência ao trabalho remoto suspeitavam que a produtividade cairia em relação à modalidade presencial. Entretanto, o que aconteceu foi o oposto. 

Segundo a pesquisa do site australiano, o sentimento de sorte por ainda ter um emprego em meio ao colapso causado pela pandemia e o medo de ser ainda mais vigiado pelos empregadores são alguns dos motivos que fazem os colaboradores trabalharem as horas extras.

Bossware

Você sabia que existe um software um tanto quanto polêmico que algumas empresas usam para monitorar os funcionários? O “bossware”, como é chamado, tem o objetivo de aumentar  a produtividade. Com ele, o chefe pode medir a atividade de e-mail e de documentos compartilhados, por exemplo. 

O uso desse programa incentiva a cultura do trabalho extra. Na mesma pesquisa feita com 500 colaboradores do Reino Unido, os entrevistados revelaram uma preocupação com a privacidade durante as chamadas de vídeo e a interrupção constante de seu tempo pessoal.

Pausas

Por falar em tempo pessoal, as pausas no trabalho estão desaparecendo. Se antes, no ambiente de trabalho dentro da empresa, os colegas tiravam alguns minutos para tomar um café ou fazer o horário de almoço, hoje as empresas têm expectativa de funcionários disponíveis a todo momento. 

Se esse hábito não for controlado, logo se tornará norma após a volta ao expediente dentro da empresa, o que é prejudicial ao trabalhador. Essas pausas são importantes para o bem-estar do funcionário e, até mesmo, para a sua produtividade.

Problemas emocionais

Todas essas mudanças na rotina de trabalho, em que vida pessoal e profissional se misturam, podem gerar um estresse crônico e, consequentemente, a Síndrome do Esgotamento Profissional, também conhecida como Síndrome de Burnout. 

Esses problemas emocionais podem levar à irritabilidade, queda na produtividade e dificuldade para dormir. Se medidas não forem tomadas, é cada vez mais difícil sustentar uma boa saúde mental e física.

equilíbrio entre vida pessoal e profissional

Afinal, como manter o equilíbrio entre vida pessoal e profissional?

Antes de mais nada, é interessante contextualizarmos o que é esse tão falado equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. Podemos dizer que é o controle de como lidamos com as diversas demandas que temos em todos os aspectos da vida, mantendo o bem-estar e evitando doenças. Como isso é possível? Veja as nossas dicas!

Mantenha uma rotina definida

Sabemos que nem sempre é fácil manter uma rotina de trabalho em home office, ainda mais se os horários são flexíveis. Entretanto, é importante estabelecer, dentro do possível, o turno com hora para iniciar e terminar e pausas para se alimentar e “esticar as pernas”.

Além disso, é interessante trocar o pijama e não fazer as refeições na mesa de trabalho. Assim, você entra no modo “expediente”, o que ajuda a separar o pessoal do profissional.

Tenha um espaço para o trabalho

No início da pandemia, muitas pessoas acharam que o trabalho remoto era algo passageiro e que logo voltariam à vida normal. No entanto, meses se passaram e o home office continuou, seja por necessidade de isolamento social, seja pelas vantagens que as empresas enxergaram nessa modalidade.

Se você ainda não tem um espaço adequado destinado ao trabalho, saiba que isso é importante para a sua produtividade e bem-estar. Portanto, separe um ambiente e siga as normas de ergonomia para a disposição dos equipamentos e móveis.

Desconecte do trabalho após o turno

Com um horário bem definido para começar e encerrar o expediente, tente se desconectar do trabalho, sempre que possível. Se o seu emprego não exige disponibilidade fora do turno, tente não estender as tarefas.

Aproveite para tirar um tempo off-line, fazendo atividades que não envolvam telas. Assim, você consegue descansar os olhos e a mente, além de ter maior oportunidade de convívio com os outros moradores da casa.

Aposte no trabalho híbrido

Você conhece o trabalho híbrido? Essa modalidade ganha cada vez mais destaque, principalmente, como tendência para o cenário pós-pandêmico — o novo normal. Nele, as empresas dão mais autonomia para seus colaboradores escolherem onde, como e quando fazerem as suas tarefas.

Dessa forma, o funcionário pode optar por trabalhar em home office, dentro da empresa ou em coworkings (escritórios flexíveis). Os benefícios são inúmeros, mas podemos destacar essa flexibilidade como algo interessante para o bem-estar. 

Está cansado de trabalhar em casa? Basta ir até um bom coworking para fazer as atividades e interagir com pessoas. Os horários da semana estão muito apertados? Então fazer home office pode ser a melhor opção.

Como você pode conferir, o trabalho em home office tem algumas variáveis que, até então, não eram enxergadas como problemas. A falta de limites entre a vida pessoal e profissional é uma delas. Por esse motivo é importante manter alguns hábitos para conseguir restabelecer o equilíbrio.

Há quem diga que trabalho remoto e home office significam o mesmo. Mas a verdade é que há diferenças entre eles. Aproveite que está por aqui e saiba mais.

  • Share on: