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[Guest Post] Vida de freelancer: como manter a produtividade sem “bater o ponto”?

Guest Post

Quem trabalha como freelancer (ou qualquer outro tipo de trabalho autônomo), vive com um reloginho mental disparado. Não é à toa, quando o tempo realmente dedicado ao trabalho determina quanto você ganha no fim do mês, transformar as horas, os minutos e os segundos em momentos produtivos se torna quase uma missão de vida.

Mas como não cair na neura da superprodutividade e na pressão por ser um exemplo de eficiência? Neste post vou dar algumas dicas sobre o que aprendi na minha trajetória vivendo de freela.

Produtividade: o que vai funcionar para você?

Antes de baixar todos os aplicativos que encontrar ou de se tornar escravo de uma rotina extremamente regrada, pare! Você precisa descobrir o que realmente funciona para você quando o assunto é ser produtivo.

Pode ser acordar às 5 da manhã, pode ser trabalhar em um ambiente totalmente isolado do barulho, pode ser dormir um pouquinho depois do almoço. Como descobrir? Só testando! Para ajudar, alguns caminhos que podem guiá-lo nessa descoberta!

1. Mudar o estilo de vida

Defendo muito esse ponto: produtividade é muito mais estilo de vida do que ferramenta. Cuidar bem do corpo e da mente, gastar e recarregar energias com consciência, permitir-se errar, não se preocupar excessivamente com os outros e viver o presente são alguns dos comportamentos que pessoas muito eficientes cultivam em seu dia a dia.

O quando você está assumindo esses hábitos em sua própria rotina? Vale a pena repensar sobre o assunto.

2. Buscar apoio em ferramentas

É claro, ferramentas de gestão de tempo e produtividade não resolvem o problema da falta de produtividade. Mas podem ser excelentes aliadas para isso! Pesquise sobre técnicas para administrar melhor tarefas e rotina e encontre as ferramentas ideais para que elas sejam bem executadas. Pode ser um aplicativo, uma planilha no excel ou até a boa e velha agenda de papel.

Aliás, começar a se organizar de uma forma analógica pode ser o melhor caminho para encontrar soluções digitais que o apoiem neste ponto. Afinal, foi assim que você provavelmente aprendeu a dividir suas tarefas de acordo com o seu tempo.

3. Ajustar o relógio biológico

Ultimamente, uma nova tendência tem feito a cabeça das pessoas em relação à produtividade: o “Clube das 5 da manhã”. Empreendedores de sucesso, blogueiros famosos e pessoas como eu e você têm escolhido acordar nesse horário em nome de uma vida mais produtiva. Dá certo? Parece que sim! (Sinceramente não tive coragem – ou vontade – de testar).

O que sei de verdade é que seguir o que seu relógio biológico manda ajuda muito na produtividade. No meu caso, sei que preciso dormir 6 horas por noite e dormir/acordar cedo para fazer o dia render. Virar a noite trabalhando? Esquece, nada de bom sai dali.

E você, já descobriu a rotina que seu corpo pede?

4. Sair do home office

Trabalhar em casa é uma delícia. Ficar de pantufa, cozinhar o próprio almoço, fazer academia no meio da tarde… O problema é a tentação em procrastinar, sempre espiando por cima do seu ombro. E tem dias que não tem como fugir dela, não é mesmo?

Se você precisa mesmo trabalhar nessas horas, saia de casa! Trabalhar em um coworking é excelente para que você não esqueça totalmente como é uma rotina tradicional, com horário para tudo acontecer e sem as distrações de sua casa (difícil lidar com um sofá por perto naqueles dias chuvosos!).

5. Permitir-se um pouco de ócio criativo

Por fim, para ser produtivo, é preciso às vezes dar-se o direito de não ser. Ter dias de folga e respeitar aqueles momentos em que a sua cabeça  precisa de um tempo é essencial para render muito no trabalho no dia seguinte. Permita-se! Esta é uma das maiores vantagens de trabalhar como freelancer, não há porque você não aproveitá-la.

Se a culpa bate muito forte nessas horas, então utilize esses dias à serviço de seu ócio criativo: assista a filmes e séries que podem contribuir criativamente para seu trabalho, organize o escritório, coloque o sono em dia. O lado bom é que tudo isso é exercício de produtividade!

Qual seu segredo para ser produtivo?

Chegando ao final deste artigo, provavelmente você tenha se identificado com alguns hábitos que parecem possíveis de entrar para sua rotina de trabalho, certo? Que tal, agora, ir um pouco além? Pesquise, pense na sua rotina e liste comportamentos que podem ajudá-lo a trabalhar melhor e, principalmente, mais feliz!

Abraços,

Luciane Costa

Vivendo de Freela

Formada em jornalismo e apaixonada por conteúdo digital. Virou freelancer porque precisava de uma grana extra e acabou descobrindo que adora trabalhar assim. Foi quando fundou o Vivendo de Freela, canal de conteúdo voltado para quem acredita que pode ser dono da própria carreira.

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[Guest Post] Dá para colaborar?

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Se olhamos nosso planeta do espaço é possível ver claramente algo como uma rede, um complexo sistema de sistemas. Com a emergência da internet nos anos 90, vem se tornado cada vez mais possível entender as dinâmicas em rede, observar e mensurar as interações. Relações em rede, compartilhamento e colaboração são tendências que revelam a emergência de uma nova economia, mais colaborativa e compartilhada. Mas será que estamos mesmo prontos para compartilhar e criar redes de networking?

 

A economia tradicional, estabelecida no mundo desde a Revolução Industrial, parte do princípio da escassez. Ou seja, estamos acostumados a olhar para o mundo interpretando-o a partir da ótica de que não existem recursos para todos. Logo, nosso comportamento padrão é de competir, criar hierarquias de controle e criar relações de microgerenciamento.

 

Os novos movimentos econômicos colaborativos partem do princípio da abundância. Assim, ela parte do princípio que existem recursos suficientes para todos, desde que eles sejam bem distribuídos. A partir dessa lógica, os agentes econômicos não agem como controladores, e sim como conectores que colaboram, se autogerenciam e compartilham.

 

Para compartilhar e criar redes de networking eficazes, precisamos nos situar nesse momento de transição. Ainda vivemos em um mundo regido pela economia tradicional, caminhando para novos modelos mais colaborativos. Logo, ao tentar criar estruturas e projetos em rede não podemos rejeitar as dificuldades inerentes ao nosso comportamento competitivo, controlador e fundamentado no controle e escassez. E também precisamos incluir novas formas de colaborar, autogerenciar e compartilhar para criar abundância.

 

Três passos para criar redes colaborativas:

 

  • Não despreze as hierarquias naturais

Se observarmos a natureza, iremos identificar que a colaboração acontece porque “o todo é maior que a soma das partes”. Por exemplo, uma célula pode morrer para que o tecido continue vivo. Em redes colaborativas o mesmo conceito se aplica: é preciso respeitar essa hierarquia natural e criar esse senso comum de que há algo que está acima dos desejos individuais de cada um. Esse é o princípio de uma comunidade ou de qualquer relação humana em que há colaboração, caso contrário iremos agir como seres auto interessados, e não seremos capazes de contribuir com o outro.

 

Por outro lado, se não formos capazes de nos expressar totalmente dentro dessa comunidade, também não conseguiremos colaborar, uma vez que não temos sensação de pertencimento. Se apenas uma parte de nós pode se manifestar naquele ambiente, mais cedo ou mais tarde nossa participação dentro da comunidade irá morrer.

 

Por isso, para criar qualquer relação em rede, é fundamental que ambas as partes expressem suas necessidades, sejam vistas por inteiro, e cheguem a um consenso de que possuem um sonho comum.

 

  • Uma nova forma de se relacionar

Participação, identidade, entendimento e afeto são necessidades humanas, que podem ser resumidas a senso de pertencimento. Para sentirmos que pertencemos a uma rede, precisamos ser vistos e ouvidos, e precisamos trocar o debate pelo diálogo. Não existe colaboração de outra forma.

 

Mas como ainda vemos o mundo sob a lógica de competição e controle, nosso diálogo é pautado em dominar, conquistar e convencer. Para criar redes precisamos aprender a comunicar para nos conectarmos, o que implica ouvir mais do que falar, escutar necessidades e não julgamentos e falar através de uma comunicação empática e afetiva.

 

  • Crie processos

Criar e gerir redes colaborativas é ainda pouco natural, graças ao modo como fomos acostumados a ver o mundo até então. Por isso, salvo exceções, quando tentamos deixar fluir de modo orgânico, é mais provável que as relações morram, a colaboração não aconteça, a rede não se retroalimente e muito tempo seja perdido em relações que não geram retorno real.

 

Além do desenvolvimento de habilidades específicas, é possível criar processos para que você crie projetos palpáveis e possíveis através da colaboração e assim girar a chave da escassez para abundância. É para auxiliar nessa transição que o Movimento Ímpar existe, e para ajudar você a dar os primeiros passos disponibilizamos a versão beta do nosso framework para gestão de rede nesse link.

 

A natureza sempre foi uma grande rede colaborativa, e a internet dá o alcance exponencial as nossas relações. Compartilhar e criar redes de networking é a chave para a abundância, e uma das principais habilidades de futuro. Talvez ainda não estejamos prontos, mas se tenho uma certeza é que estamos chegando lá.

 

Movimento Ímpar

O Movimento Ímpar nasceu para acelerar a transição das cidades para modelos socioeconômicos mais conscientes. Através de uma jornada de três semanas, liderada pelos sócios Raoni Henrique e Marcelle Xavier e apoiada por mentores com ampla experiência, a proposta é promover a formação de líderes criativos que atuam na criação de projetos e ações de transição na cidade.  

 

Marcelle Xavier

Publicitária de formação e escritora de coração, Marcelle Xavier criou o Movimento Ímpar com o propósito de transformar o mundo com o amor, ou ao menos um pedacinho dele. Com uma boa dose de curiosidade e com a crítica na ponta da língua, Marcelle mantém uma mente incessante e uma mão no coração para transformar a si mesmo, sua vida e as pessoas que passam por ela. Ama derrubar as coisas e detesta ter que arrumar depois.